A vida como ela é
Tricolores do Rio gostam de Nelson Rodrigues e portanto sabem que as vezes nada mais simples do que a vida como ela é. Complicamos para termos o que discutir no outro dia, mas nem precisávamos.
O Grêmio foi ao Maracanã na condição de favorito porque é melhor e porque tem 3×1 no placar. Simples assim. E com 4 minutos um zagueiro do Flu deu um carrinho por trás numa chance clara de gol. Expulsão. Ponto.
Nogueira não teve intenção de machucar. Nem machucou. Mas a regra diz que uma falta impedindo um lance claro de gol é para cartão vermelho. E se 3 jogadores do Grêmio sem zagueiro, na direção do goleiro e o campo todo pela frente não for uma situação de gol, eu desisto.
Durante o jogo, dois pênaltis não marcados pro Grêmio. E reclama o Fluzão de uma não expulsão do Kannemann, que deu uma entrada forte, fora da área, sem direção a gol, de lado, com encenação e tudo mais. Lances completamente diferentes. Mas que pela óbvia revolta da derrota iminente virou argumento.
Abel não é burro. Fez o certo.
Não porque “ele podia virar”, mas porque ele tirou um jogador que está bem abaixo fisicamente desde que voltou num jogo onde o time teria que compensar a correria. E ali, naquele momento, era pra evitar uma goleada. Não pra equilibrar o jogo. Entendi o que ele fez.
O Grêmio não tem nada com isso. Viu o jogo dar a ele a oportunidade de matar, e matou. Classificado com todos os méritos, com toda justiça e dentro da perspectiva de favorito que lhe acompanhava ao Maracanã.
Sem choro. O arbitro não determinou o resultado. Talvez, no máximo, tenha evitado uma goleada. E as vezes o futebol é simples ao ponto de uma expulsão ter decidido o jogo todo. E sim, dela ser justa.
abs,
RicaPerrone