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São Paulo

A respeito de respeito

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Imagine que você é um jogador com história num clube e, talvez seduzido por isso, largue o que está fazendo e corra até ele no primeiro convite para “voltar”.  Talvez você não esteja pronto, talvez você seja ruim, talvez só demore a encaixar.

Fato é que o mínimo que espera-se desta relação após diversos títulos como jogador e uma atitude de muita consideração como treinador, é respeito.

E não seria um desrespeito demitir o Doriva porque ele fez um trabalho ruim. Mas demiti-lo faltando 4 jogos após ele ter abandonado um clube pra assumir o SPFC e tendo tido aqui uma crise interna terrível pra administrar, não me parece justo.

E mesmo se fosse, tecnicamente falando, talvez a questão que exemplifique o SPFC atual esteja muito bem representada nesse episódio.

Respeito.

Doriva é campeão mundial, jogador que chegou a seleção, tem história nesse clube. Pouco me importa os dirigentes que “tem história” perto de alguém que deu carrinho numa Libertadores por nós.  A decisão é política, birrenta, boba, colocando egos e cargos acima do clube.

Trata-se de respeito.

Com Doriva, também. Mas principalmente, com a sua história.  A do clube organizado, do clube que se planeja, que não tem dirigentes acima do clube, do que cumpre a palavra, do que era referência, hoje uma piada.

A vaga na Libertadores dará razão a demissão do treinador e em 1 mes tudo isso pode virar consagração. A questão, tal qual insisti durante a “Era Muricy” e a “Taça de bolinhas”, é o quanto custa a um clube pisar em sua história e tradições em troca de uma vaga ou de um título.

A mim custa caro. Ao SPFC, pelo visto, foda-se.

O meu SPFC não joga na retranca, não é “time de guerreiros”, mas sim de bom futebol.  O meu SPFC não muda o que assinou por uma tacinha feia pra caralho, menos ainda briga com metade dos rivais por “roubar” jogadores da base alheia.  O meu SPFC não tem dirigentes acima dos ídolos, não tem corrupção e nem é chacota nacional.  Respeitamos nossos ídolos e nossa palavra como o clube que se gaba de ser “soberano” e “diferenciado”.

Rai não teve despedida, Denílson foi impedido de entrar no CT. Luis Fabiano é Deus de uma organizada que entra na sede social e faz uso do mailling do Socio Torcedor pra fazer comunicado.  Lugano não pode voltar. Mas o Maidana, coitado, chegou pelo mesmo valor.

O meu São Paulo não coloca uma vaga na Libertadores na frente de uma filosofia histórica e que nos levou onde levou.

Desculpa, Doriva.  Você nunca voltou pro nosso São Paulo. Lá, seria diferente. Esse aí, não reconhecemos.

Boa sorte!

abs,
RicaPerrone

Atlético MG

Saldo de compra e venda dos últimos 10 anos

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Nos últimos 10 anos os grandes clubes do Brasil alternaram momentos. Alguns em profunda crise, outros nadando em ouro, mas todos ainda tendo nas receitas de jovens uma grande parte do seu faturamento.

E portanto, considerando as temporadas 14/15 até a 23/24, fizemos um balanço de acordo com os dados do Transfermark sobre o fluxo de compra e venda de jogadores de cada um dos 12 grandes.

Claro que existem salários, luvas, “compras” sem repasse ao ex-clube por fim de contrato. Mas aqui consta apenas o que é valor final e oficial.

Quanto seu clube comprou e vendeu nos últimos 10 anos?

Algumas curiosidades sobre:

  • O Fluxo de compra e venda do Grêmio, somado a resultados, nos últimos 10 anos é muito bom.
  • O Fluminense segue vendendo suas jóias e comprando pouco tendo recentemente conquistado títulos em 2023.
  • O Flamengo é uma máquina de ganhar e gastar.
  • O Botafogo tem uma divisão de base terrível. Não gera quase nada ao clube.
  • O investimento do Vasco foi quase todo feito em 22/23.
  • A temporada de maior gasto foi a do Flamengo de 19/20, com 250 milhões em contratações.
  • A maior janela de vendas também foi do Flamengo em 18/19 com 483 milhões de reais.
  • Nenhum dos 12 grandes comprou mais do que vendeu no saldo dos últimos 10 anos.

Rica Perrone

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Atlético MG

Classificação Planejada 2023 – #18

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Todo ano aquela tabela polêmica que mostra o caminho dos clubes pra buscar 72 pontos e brigar por título.

Pra que? Pra você saber se um caminho foi mais fácil que outro ou não. Pra entender quem jogou mais partidas difíceis em casa ou fora e portanto compreender o que a tabela lhe ofereceu até aqui.

As tabelas não tem relação entre si. Cada tabela é pensada pro clube em questão apenas.

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São Paulo

Isso é futebol! O resto é esporte

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Nos acostumamos a fazer contas, analisar pontos e desempenho. Números, números e mais números. Parece até um esporte.

O futebol nos pega pelo ídolo, o momento, o imponderável, a expectativa de reverter o cenário em segundos. O futebol é um entretenimento que movimenta sentimentos e por consequência disso, dinheiro.

Não há dinheiro sem entretenimento. E para isso é fundamental o que muitos chamam de “loucura”. Ora, “loucura” é esperar que os de sempre entreguem mais do que o de sempre.

Ou pior: esperar que um parque de diversões sobreviva sem novas atrações, sejam elas tão boas quanto anunciadas ou não. A gente quer esperar algo melhor, mesmo sabendo ser improvável.

São 20 times. Só um campeão. Como podemos fazer os outros 19 serem interessantes, portanto?

Com ídolos. Expectativa, atrações, novidades, discussão, paixão.

Pra isso os maiores times do mundo jogam dinheiro pela janela contratando revelações que em sua maioria não dão certo.

O Real Madrid pode fazer 10 jogadores em sua base. Os dez teriam que ser campeões de tudo pra causar o impacto da chegada de um grande craque. E é disso que vive o futebol quando a vitória não é garantida.

Se é que algum dia ela foi.

James é expectativa, curiosidade, assunto, camisa, chegada, apresentação, euforia, oba-oba, talento bruto.

Se vai dar certo em campo, não sei. Gostaria. Até apostaria, pois acho craque. Mas quando o futebol brasileiro entender que a venda é de entretenimento e não de resultados, saberá que ele se pagaria mesmo se mal jogasse.

Como ainda não sabem, pode sair caro. Mas ainda assim, ver a torcida tricolor mudando o patamar da expectativa em horas é algo que o dinheiro compra. Se chama James Rodriguez.

RicaPerrone

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