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São Paulo

Dias de luta

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Histórias, nossas histórias. Até então, só dias de glórias.

E não, não me venha com a sua soberba de achar que ser vice campeão da Libertadores é sofrimento.

Isso é sofrimento. E ainda assim, com larga possibilidade de sucesso no fim. Logo, um sofrimento aceitável.

Morumbi e rebaixamento nunca fizeram tabelinha.  Nem farão.  Porque time grande não cai?

Cai, ô se cai! Mas esse aí, com esse elenco, não tem porque cair. E não vai cair.

“Perrone arrogante. Se cair eu vou ter guardado esse texto e vou cobrar dele”.

Pode cobrar. Até porque, se cair, minha última preocupação vai ser a vaidade de ter ou não acertado uma previsão.

Tenho um sentimento nojento dentro de mim que não cabe mais guardar. Preciso dividir com vocês para, talvez, encontrar uma alma no mundo que me entenda.

Olho pra arquibancada do Morumbi e sinto um prazer inenarrável.  Pro campo, uma mistura de nervoso com raiva. Não sei explicar.

O gol que salva também afasta a bela e nova relação que milhares de tricolores estão aprendendo a ter com o clube.  No amor é fácil. Essa torcida precisava sofrer pra se apegar.

Não, não torço contra. Tá maluco?! Mas sinto uma pontinha de dó em ver afastada a “crise” que ao invés de revoltar, une.

Aquela que tantos outros grandes, como o SPFC, já viveram e por isso tem uma relação mais forte com sua gente. “Na alegria, na doença”. Lembra?

Se ela entrar, a dor vira revolta. Ser rebaixado apaixona, ser quase rebaixado revolta.  Hoje é um time “rebaixado”.  Se em décimo sexto, muda tudo.

Entre o sãopaulino reclamão que vai lá uma vez por ano pra xingar e aquele que está aprendendo a ir pelo clube e não pelo torneio ou pelo adversário, me apaixona a idéia de termos mais do segundo tipo.

Nunca fomos assim. O clube não deixou.

É uma chance dolorida, quase cruel. Mas é uma chance.

Eu adorei viver pra ver a torcida do SPFC lotar o Morumbi pra “não cair”.  Vou adorar se realmente “não cairmos”.  E sei que não vamos cair.

Mas lá na frente, quando lembrarmos desta luta que ainda nem terminou, teremos orgulho de pela primeira vez termos estado do lado do SPFC quando ele precisou, não quando nos fez rir.

Até porque, até então, nunca tinha precisado.

Que venham os gols, o fim do sofrimento. Que sumam os torcedores, que voltem as vaias.

É isso. Sempre foi. Mas talvez  não precise ser pra sempre.

Dos dias de glória tiramos estrelinhas pra colocar no peito. Dos dias de luta, vamos guardar o raro prazer de dizer “nós” no fim.

Desta vez, sim.  “Nós não vamos cair”.

abs,
RicaPerrone

Atlético MG

Saldo de compra e venda dos últimos 10 anos

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Nos últimos 10 anos os grandes clubes do Brasil alternaram momentos. Alguns em profunda crise, outros nadando em ouro, mas todos ainda tendo nas receitas de jovens uma grande parte do seu faturamento.

E portanto, considerando as temporadas 14/15 até a 23/24, fizemos um balanço de acordo com os dados do Transfermark sobre o fluxo de compra e venda de jogadores de cada um dos 12 grandes.

Claro que existem salários, luvas, “compras” sem repasse ao ex-clube por fim de contrato. Mas aqui consta apenas o que é valor final e oficial.

Quanto seu clube comprou e vendeu nos últimos 10 anos?

Algumas curiosidades sobre:

  • O Fluxo de compra e venda do Grêmio, somado a resultados, nos últimos 10 anos é muito bom.
  • O Fluminense segue vendendo suas jóias e comprando pouco tendo recentemente conquistado títulos em 2023.
  • O Flamengo é uma máquina de ganhar e gastar.
  • O Botafogo tem uma divisão de base terrível. Não gera quase nada ao clube.
  • O investimento do Vasco foi quase todo feito em 22/23.
  • A temporada de maior gasto foi a do Flamengo de 19/20, com 250 milhões em contratações.
  • A maior janela de vendas também foi do Flamengo em 18/19 com 483 milhões de reais.
  • Nenhum dos 12 grandes comprou mais do que vendeu no saldo dos últimos 10 anos.

Rica Perrone

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Atlético MG

Classificação Planejada 2023 – #18

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Todo ano aquela tabela polêmica que mostra o caminho dos clubes pra buscar 72 pontos e brigar por título.

Pra que? Pra você saber se um caminho foi mais fácil que outro ou não. Pra entender quem jogou mais partidas difíceis em casa ou fora e portanto compreender o que a tabela lhe ofereceu até aqui.

As tabelas não tem relação entre si. Cada tabela é pensada pro clube em questão apenas.

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São Paulo

Isso é futebol! O resto é esporte

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Nos acostumamos a fazer contas, analisar pontos e desempenho. Números, números e mais números. Parece até um esporte.

O futebol nos pega pelo ídolo, o momento, o imponderável, a expectativa de reverter o cenário em segundos. O futebol é um entretenimento que movimenta sentimentos e por consequência disso, dinheiro.

Não há dinheiro sem entretenimento. E para isso é fundamental o que muitos chamam de “loucura”. Ora, “loucura” é esperar que os de sempre entreguem mais do que o de sempre.

Ou pior: esperar que um parque de diversões sobreviva sem novas atrações, sejam elas tão boas quanto anunciadas ou não. A gente quer esperar algo melhor, mesmo sabendo ser improvável.

São 20 times. Só um campeão. Como podemos fazer os outros 19 serem interessantes, portanto?

Com ídolos. Expectativa, atrações, novidades, discussão, paixão.

Pra isso os maiores times do mundo jogam dinheiro pela janela contratando revelações que em sua maioria não dão certo.

O Real Madrid pode fazer 10 jogadores em sua base. Os dez teriam que ser campeões de tudo pra causar o impacto da chegada de um grande craque. E é disso que vive o futebol quando a vitória não é garantida.

Se é que algum dia ela foi.

James é expectativa, curiosidade, assunto, camisa, chegada, apresentação, euforia, oba-oba, talento bruto.

Se vai dar certo em campo, não sei. Gostaria. Até apostaria, pois acho craque. Mas quando o futebol brasileiro entender que a venda é de entretenimento e não de resultados, saberá que ele se pagaria mesmo se mal jogasse.

Como ainda não sabem, pode sair caro. Mas ainda assim, ver a torcida tricolor mudando o patamar da expectativa em horas é algo que o dinheiro compra. Se chama James Rodriguez.

RicaPerrone

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