Antes de qualquer coisa, achei que o Inter jogou bem menos do que deveria e que o empate era um resultado até justo. Independe do que foi o jogo até então a avaliação do lance fatalmente ganhará a semana nas mesas redondas por aí.
Fair Play é pra que o jogo siga sem ninguém seja lesado por uma contusão, por exemplo. É quando você tem que tirar a bola de jogo pra que um machucado seja atendido e então devolve a bola para o dono.
Fair Play é “jogo limpo”.
Não é regra, é caráter.
E eu não acho que seja tão simples assim julgar um lance de fair play como parece hoje aos gremistas e colorados. Obviamente, cada um num extremo das interpretações possíveis.
O jogador da Ponte Preta cai, tem a bola jogada pra fora e antes que o lateral pudesse ser cobrado está em pé pra voltar. Pra mim, e acho que pra maior parte do time do Inter, era cera. Tanto que no momento em que a bola não é devolvida a Ponte sequer reage a isso.
Quando a bola entra, 20 ou 30 segundos depois, ela se lembra que tinha do que reclamar.
O que determina um lance de fair play é a intenção de não “levar vantagem” sobre o rival usando algo além do futebol. O que faz um jogador no chão sem necessidade é tentar atrasar o jogo para ter o resultado que deseja.
Os dois, portanto, são interpretativos.
Pelo que notei na imagem, nenhum jogador da Ponte Preta interpretou como falta de fair play até que a bola entrasse. Ali, então, tornou-se um escandalo.
E pra que fique menos no muro ainda, lhes digo: não devolveria.
Caiu, fica. Saiu pra ser atendido, seja. Se levantar correndo, pra mim é cera ou milagre. Como sou meio ateu, é cera.
abs,
RicaPerrone