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São Paulo

Frouxos!

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Há pouco mais de um ano a seleção tomava um 7×1 bastante “inexplicável”.  Só que naquela goleada houve um ponto considerável que foi o  “apagão” de 5 minutos onde tomamos 4 gols.   Ainda assim, uma tragédia.

A diferença dos 7×1 da seleção para o 6×1 do Corinthians é que o segundo foi construído durante 90 minutos, o que torna o placar muito mais significativo.  Com reservas, em casa, jogo festivo, contra um SPFC que tinha que jogar a vida pela vaga.

Eu reagi muito mal ao 7×1, por isso esperei 2 dias pra esfriar a cabeça pra falar do São Paulo, meu time do coração.

Num dos casos nos incomoda a falta de preparo emocional. No outro, a falta de envolvimento emocional.

Ninguém gritou, ninguém se desesperou, nem mesmo tentou algo maluco para evitar.  Aceitaram como covardes, como frouxos a goleada e sequer levantavam a cabeça pra discutir após mais um gol do Corinthians.

Você talvez tenha raiva do que fez o David Luis no 7×1, e eu teria muito menos raiva do jogador do São Paulo que, não aceitando a situação, cometesse uma burrice por ação.  Mas não. Os 11 foram omissos.

“Nosso 7×1” teve um sétimo gol de goleiro, que foi a defesa do Cássio.  Mas pouco importa na real, pois tal qual com a seleção um jogo muito ruim não muda em nada a história e a grandeza de uma camisa. O que deve mudar é a forma de enxergar o próprio clube.

Eu tenho comigo a idéia de que um clube se perde quando tenta ser tudo.  O SPFC é o exemplo clássico disso. O time da organização, do planejamento e do bom futebol resolveu ser “do povo”, “guerreiro”, “raçudo” e ganhar a qualquer custo.  Transformou soberania em soberba, inverteu o rótulo de invejado e respeitado para odiado.  E deixou de ser São Paulo.

Claro que pra uma geração de moleques ganhar é a única coisa que importa no futebol. Mas até moleques evoluem, e um dia estarão repetindo o mesmo discurso sobre identidade, alma, etc.

O São Paulo é o clube que joga bonito, pra frente, organizado, planejado e correto. É o bom moço, o time das meninas loirinhas de olhos claros, dos playboys da capital.  Ponto.

O time “maloqueiro” da organizada, o time que expõe seus problemas em mesas redondas, o que coloca “vermelho cor da raça”  acima da técnica e que nega sua origem pra parecer popular não existe. É uma farsa.

O São Paulo criado por Muicy, alimentado por Juvenal e Aidar, prestigiado por um bando de oportunistas que só querem dizer que são campeões no facebook não existe, e se existir, a mim não interessa.

Esse time de frouxos que perdeu domingo da forma que perdeu é apenas uma consequência da soberba que inclui uma torcida mimada e sem noção que se contém ao idolatrar Cafu, Muller e outros tantos porque vestiram outra camisa e berram o nome de Luis Fabiano, o símbolo de um São Paulo egoísta, medroso, sem atitude.

Uma torcida vendida a placares magros e futebol insuficiente por não conhecer a própria história.  O São Paulo é tão grande, tão forte e auto suficiente, que mesmo diante de toda a merda que foi feita no clube desde 2006/07, está em crise, no seu pior ano, em quarto lugar prestes a ir pra Libertadores.

Isso talvez diga a estes jogadores que “tá tudo bem”.  Mas na real deveria mostrar a eles o tamanho da camisa que eles vestem e o quanto é inaceitável a postura do último domingo.

Vocês foram frouxos.  Vocês aceitaram a maior goleada da história pra um time reserva de férias de cabeça baixa sem sequer gritar um com o outro.

Mas frouxos bem vestidos. E isso lhes dá a chance de sair daqui ainda respeitados apenas confirmando uma vaga que, a 2 rodadas do fim, está na sua mão.  Embora injusta, indigna a vocês, a vaga na Libertadores é sim uma forma de contornar o ato covarde do domingo.

Mas eu não me importo com a vaga, juro.  Acho até injusta se vier.  Mas se vocês forem perdê-la, por favor, percam como homens.  Caiam atirando e não fugindo. Tomem 7 porque se desesperaram como David Luis, não porque não se importaram como fizeram no domingo.

Esse time de “Dodôs” nos envergonha.

abs,
RicaPerrone

Atlético MG

Saldo de compra e venda dos últimos 10 anos

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Nos últimos 10 anos os grandes clubes do Brasil alternaram momentos. Alguns em profunda crise, outros nadando em ouro, mas todos ainda tendo nas receitas de jovens uma grande parte do seu faturamento.

E portanto, considerando as temporadas 14/15 até a 23/24, fizemos um balanço de acordo com os dados do Transfermark sobre o fluxo de compra e venda de jogadores de cada um dos 12 grandes.

Claro que existem salários, luvas, “compras” sem repasse ao ex-clube por fim de contrato. Mas aqui consta apenas o que é valor final e oficial.

Quanto seu clube comprou e vendeu nos últimos 10 anos?

Algumas curiosidades sobre:

  • O Fluxo de compra e venda do Grêmio, somado a resultados, nos últimos 10 anos é muito bom.
  • O Fluminense segue vendendo suas jóias e comprando pouco tendo recentemente conquistado títulos em 2023.
  • O Flamengo é uma máquina de ganhar e gastar.
  • O Botafogo tem uma divisão de base terrível. Não gera quase nada ao clube.
  • O investimento do Vasco foi quase todo feito em 22/23.
  • A temporada de maior gasto foi a do Flamengo de 19/20, com 250 milhões em contratações.
  • A maior janela de vendas também foi do Flamengo em 18/19 com 483 milhões de reais.
  • Nenhum dos 12 grandes comprou mais do que vendeu no saldo dos últimos 10 anos.

Rica Perrone

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Atlético MG

Classificação Planejada 2023 – #18

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Todo ano aquela tabela polêmica que mostra o caminho dos clubes pra buscar 72 pontos e brigar por título.

Pra que? Pra você saber se um caminho foi mais fácil que outro ou não. Pra entender quem jogou mais partidas difíceis em casa ou fora e portanto compreender o que a tabela lhe ofereceu até aqui.

As tabelas não tem relação entre si. Cada tabela é pensada pro clube em questão apenas.

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São Paulo

Isso é futebol! O resto é esporte

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Nos acostumamos a fazer contas, analisar pontos e desempenho. Números, números e mais números. Parece até um esporte.

O futebol nos pega pelo ídolo, o momento, o imponderável, a expectativa de reverter o cenário em segundos. O futebol é um entretenimento que movimenta sentimentos e por consequência disso, dinheiro.

Não há dinheiro sem entretenimento. E para isso é fundamental o que muitos chamam de “loucura”. Ora, “loucura” é esperar que os de sempre entreguem mais do que o de sempre.

Ou pior: esperar que um parque de diversões sobreviva sem novas atrações, sejam elas tão boas quanto anunciadas ou não. A gente quer esperar algo melhor, mesmo sabendo ser improvável.

São 20 times. Só um campeão. Como podemos fazer os outros 19 serem interessantes, portanto?

Com ídolos. Expectativa, atrações, novidades, discussão, paixão.

Pra isso os maiores times do mundo jogam dinheiro pela janela contratando revelações que em sua maioria não dão certo.

O Real Madrid pode fazer 10 jogadores em sua base. Os dez teriam que ser campeões de tudo pra causar o impacto da chegada de um grande craque. E é disso que vive o futebol quando a vitória não é garantida.

Se é que algum dia ela foi.

James é expectativa, curiosidade, assunto, camisa, chegada, apresentação, euforia, oba-oba, talento bruto.

Se vai dar certo em campo, não sei. Gostaria. Até apostaria, pois acho craque. Mas quando o futebol brasileiro entender que a venda é de entretenimento e não de resultados, saberá que ele se pagaria mesmo se mal jogasse.

Como ainda não sabem, pode sair caro. Mas ainda assim, ver a torcida tricolor mudando o patamar da expectativa em horas é algo que o dinheiro compra. Se chama James Rodriguez.

RicaPerrone

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