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São Paulo

Quando éramos reis

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Foi entre 2007 e 2009, não sei ao certo. Eu estive próximo do clube o suficiente para ver que ali estava uma gente disposta a fazer a sua vida em cima do SPFC e não o contrário.

Me afastei. Foi a melhor coisa que fiz antes de quase passar a torcer contra esses caras e, por consequência, meu clube de coração.  Eu vi amigos levarem negócios ao clube e sairem de lá com propostas de propina. Eu nunca consegui provar, mas fui atrás até onde deu.  Cheguei a ligar pra um dirigente da época e ser bem claro: “Tu tá roubando?”. Hoje acho até graça, mas era um misto de desespero de torcedor com necessidade de conseguir provar algo.

Em determinado momento minha empresa chegou a fazer negócios próximos ao SPFC. Alguns devem se lembrar, mas foi quando fechei o blog, ET, abandonei o jornalismo por conflito ético. Logo depois voltei. Porque voltei? Porque na manhã do dia da apresentação do projeto eu retirei minha empresa do negócio por não ter concordado com a falta de transparência da negociação.

Eu não vou ser hipócrita.  As comissões, os 10%, o envelope que vem junto da proposta oficial por jogadores existem, todo mundo sabe, é quase padrão.  Errado? Sim, mas bem comum.

O meu ponto não vai apenas em direção a coisas anti-éticas na administração do péssimo Aidar, que diga-se, é situação pós Juvenal, que era da mesma turma.

A questão é que boa parte da oposição do SPFC se vendeu muito barato. Um cargo aqui, uma cativa ali, um par de ingressos aqui e lá estavam os maiores opositores sentados na mesma mesa da diretoria. A jovem guarda, que é um grupo de playboys que frequenta a cativa do SPFC composta por filhos de conselheiros e outros formadores de opinião, não tem idéia do que é o clube que eles hoje ajudam a movimentar.

Eles acreditam realmente que o SPFC existe a partir de 1980, quando nasceram, e que antes disso não houve nada. Que somos o maior clube do mundo, que temos tudo, que todos querem jogar lá, que nunca vão nos alcançar e “foda-se o curintia!”. É isso. Juro, é isso.

Os anos passam, os erros continuam, pessoas ruins vão trocando de cargo na base do favor e dos patrocinios que levam ao clube. As coisas só pioram. 3 títulos nacionais de pontos corridos encobrem os primeiros anos da cagada, e em seguida uma Sulamericana segura a onda quando quase estourou.

A verdade, meus caros, é que tanto imprensa quanto torcedor, especialmente o segundo por motivos óbvios, só enxerga algo de errado num clube quando a bola não entra.  Campeão da Libertadores você pode roubar os rins do elenco na madrugada que de manhã não tem um editor pra mandar repórter no clube.

O SPFC ético, grande, firme, começa o seu desvio de caráter quando nega um campeonato que assinou pra ficar com uma tacinha horrorosa que não lhe pertencia.

O SPFC que eu conheço não faria isso. O atual não só fez como teve apoio popular e do conselho. Ou seja, a maioria dos soberanos concorda que devemos pisar na nossa história, desonrar o que assinamos pra ter mais uma taça no memorial.

Ok. É um lindo exemplo do que nos tornaríamos.

Sabe porque o Aidar está na situação que está? Porque ele rompeu com um dos seus parceiros.

Não fosse a briga com o Ataíde, nada mudaria. Eles continuariam lá fazendo tudo isso por anos e anos sem ninguém estourar a crise. Até porque, crise e SPFC não andam bem. As vendas pra sãopaulino são títulos, festa, Ceni e reforço.  Tricolor não consome crise.

O que vai acontecer? Não espero nada que não seja a renuncia do Aidar. É o mínimo. Mas se o mínimo for muito, espero que o tirem de lá.

A questão é mais complicada do que isso.  Quem vai tira-lo de lá? Os parças das últimas eleições? Ou a oposição que nunca existiu de fato no clube?

abs,
RicaPerrone

Atlético MG

Saldo de compra e venda dos últimos 10 anos

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Nos últimos 10 anos os grandes clubes do Brasil alternaram momentos. Alguns em profunda crise, outros nadando em ouro, mas todos ainda tendo nas receitas de jovens uma grande parte do seu faturamento.

E portanto, considerando as temporadas 14/15 até a 23/24, fizemos um balanço de acordo com os dados do Transfermark sobre o fluxo de compra e venda de jogadores de cada um dos 12 grandes.

Claro que existem salários, luvas, “compras” sem repasse ao ex-clube por fim de contrato. Mas aqui consta apenas o que é valor final e oficial.

Quanto seu clube comprou e vendeu nos últimos 10 anos?

Algumas curiosidades sobre:

  • O Fluxo de compra e venda do Grêmio, somado a resultados, nos últimos 10 anos é muito bom.
  • O Fluminense segue vendendo suas jóias e comprando pouco tendo recentemente conquistado títulos em 2023.
  • O Flamengo é uma máquina de ganhar e gastar.
  • O Botafogo tem uma divisão de base terrível. Não gera quase nada ao clube.
  • O investimento do Vasco foi quase todo feito em 22/23.
  • A temporada de maior gasto foi a do Flamengo de 19/20, com 250 milhões em contratações.
  • A maior janela de vendas também foi do Flamengo em 18/19 com 483 milhões de reais.
  • Nenhum dos 12 grandes comprou mais do que vendeu no saldo dos últimos 10 anos.

Rica Perrone

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Atlético MG

Classificação Planejada 2023 – #18

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Todo ano aquela tabela polêmica que mostra o caminho dos clubes pra buscar 72 pontos e brigar por título.

Pra que? Pra você saber se um caminho foi mais fácil que outro ou não. Pra entender quem jogou mais partidas difíceis em casa ou fora e portanto compreender o que a tabela lhe ofereceu até aqui.

As tabelas não tem relação entre si. Cada tabela é pensada pro clube em questão apenas.

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São Paulo

Isso é futebol! O resto é esporte

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Nos acostumamos a fazer contas, analisar pontos e desempenho. Números, números e mais números. Parece até um esporte.

O futebol nos pega pelo ídolo, o momento, o imponderável, a expectativa de reverter o cenário em segundos. O futebol é um entretenimento que movimenta sentimentos e por consequência disso, dinheiro.

Não há dinheiro sem entretenimento. E para isso é fundamental o que muitos chamam de “loucura”. Ora, “loucura” é esperar que os de sempre entreguem mais do que o de sempre.

Ou pior: esperar que um parque de diversões sobreviva sem novas atrações, sejam elas tão boas quanto anunciadas ou não. A gente quer esperar algo melhor, mesmo sabendo ser improvável.

São 20 times. Só um campeão. Como podemos fazer os outros 19 serem interessantes, portanto?

Com ídolos. Expectativa, atrações, novidades, discussão, paixão.

Pra isso os maiores times do mundo jogam dinheiro pela janela contratando revelações que em sua maioria não dão certo.

O Real Madrid pode fazer 10 jogadores em sua base. Os dez teriam que ser campeões de tudo pra causar o impacto da chegada de um grande craque. E é disso que vive o futebol quando a vitória não é garantida.

Se é que algum dia ela foi.

James é expectativa, curiosidade, assunto, camisa, chegada, apresentação, euforia, oba-oba, talento bruto.

Se vai dar certo em campo, não sei. Gostaria. Até apostaria, pois acho craque. Mas quando o futebol brasileiro entender que a venda é de entretenimento e não de resultados, saberá que ele se pagaria mesmo se mal jogasse.

Como ainda não sabem, pode sair caro. Mas ainda assim, ver a torcida tricolor mudando o patamar da expectativa em horas é algo que o dinheiro compra. Se chama James Rodriguez.

RicaPerrone

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