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Fórmula 1

Rubinho por Rubinho

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Numa ótima entrevista ao GloboEsporte.com, Barrichello falou sobre tudo. E ao passar pela relação com Michael e sobre a Áustria 2002, ele confirma os motivos pelos quais o respeito sem ser um admirador.

Ele acha que melhorou a F-1 ao fazer do seu acordo um circo. Eu acho que ele desrespeitou e ridicularizou a empresa que o pagava e ainda a deixou em situação impopular ao ponto de não poder sequer demiti-lo.

Foi a mesma coisa que o Ganso fez com o Oswaldo. Ele calculou a porrada e a blindagem. Usou o povo pela causa, esqueceu a hierarquia que concordou quando assinou seu alto salário e resolveu ser coitado.

Compreendo. Mas minha admiração por um esportista se determina exatamente aí. Eu não sou fã de quem tenho dó. Sou fã de quem fode a porra toda e, aí sim, muda a Fórmula 1.

Imagina se ele ganha a corrida, diz que recebeu a ordem e que não cumpriu porque vai peitar o Schumacher? Ganha apoio popular, ferra a equipe, mas teria sido coerente. Só entregar pra ser vítima me soa mais covardia do que ousadia.

E na cabeça dele, conforme dito na entrevista, ele se acha próximo do Michael. Algo que obviamente não é. Estamos falando de um bom piloto com zero perfil de campeão e de um campeão nato, aliás, o maior deles.

É confuso na cabeça dele, conforme a entrevista, a relação entre tomar uma medida populista e ousada. Fazer barulho não é ousado. Fazer o que acredita seria. E ele acredita que tinha que ganhar. Eu acredito que ele não tinha que ter renovado, portanto.

E se fez, em algum momento foi contraditório. E se foi, não seria ousadia. Mas sim rebeldia.

Sou a favor de que quando o esportista pára, as críticas acabam e ele se torna uma bela história. Portanto não cabe mais avaliar o Rubens, apenas tê-lo com carinho em nossa lista de notáveis.

Mas que essa versão de 2002 é bem contraditória, é. E insisto nela porque sou torcedor da Ferrari e me senti muito mais agredido do que ajudado. Talvez não se lembrem, mas ele trabalhava pra Ferrari, não pra F-1.

RicaPerrone

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Nosso Hamilton

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Fórmula 1

Formula 1 e Libertadores saindo da Globo? É pior pra Globo ou pro evento?

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Formula 1 e Libertadores saindo da Globo? E se sair, é simples assim a troca por outra emissora? É pior pra Globo ou pro evento?
 
https://youtu.be/HZv393lq-vE
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Fórmula 1

Aos jovens brasileiros

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Se você tem perto dos 20 anos, não acredite em super heróis.

Quando seu pai, tio, avô ou alguém mais velho tentar te explicar algo sobre Ayrton Senna, conteste. Duvide como você sempre duvidou dos poderes do homem-aranha, por exemplo.

Não aceite ouvir dizer que algo tão valioso passou enquanto você já era vivo mas não podia perceber.  Ou que por alguns anos perdeu o privilégio de ter vivido naquela época.

Se você não entende o endeusamento a um simples piloto, não tente.  Esta geração, infelizmente, é incapaz de saber do que estamos falando simplesmente porque desde então o mundo nunca teve algo parecido.

No esporte, na música, no teatro. Onde for. Há 26 anos a humanidade sobrevive sem um super herói.

Super herói é aquele cara que faz algo que os outros não podem fazer. Aquele que quando termina sua missão gera prazer, alívio e uma incrível sensação de superioridade.

“Como ele faz aquilo?”, é a pergunta que sempre aparece após uma atuação do super herói.

Talvez você não possa imaginar porque diabos seu pai ainda para em frente a tv domingo lá pelas 10 horas pra “dar uma espiada” em quem está na frente.  Coisa rápida, ele nem gosta de F-1. E nem precisa.

Ele nunca ligou a tv desde 1994 pra ver quem estava ganhando. Na verdade, nenhum de nós nunca fez isso. Apenas olhamos para tentar acreditar que acabou. Como que confirmando uma lenda para poder continuar o domingo sem esperança de se sentir mais orgulhoso e brasileiro naquele dia.

Ayrton foi o cara que fez na pista o que alguns outros já tinham feito. De uma forma, porém, que nunca mais ninguém ousou fazer.  E não, não pense que sou daqueles saudosistas idiotas que acha que nunca mais pode haver alguém melhor que ele.

Pode! Se bobear até já teve.  Mas como ele, não. Nunca mais.

Ayrton era o tapa na cara de todo domingo de manhã. O cara que dizia, com aquela bandeirinha imortal, que você podia continuar seu dia mais feliz, forte e orgulhoso. Que aquele país que vivia na merda em meio a mil problemas não era só uma merda.

Era, também, vencedor.  E portanto, “éramos”.

Senna foi meu super herói. Por isso não acredito em nada que vi naquele 1 de maio, há exatos 22 anos.  Eu ainda ligo a tv toda semana pra procurá-lo no grid, para ver a bandeirinha no alto, a música, o meu pai aumentando o volume as 10h45 e dizendo pra casa toda: “Vem ver! Ele vai ganhar!”.

Não se trata de F-1, meus caros. Nunca se tratou.

Senna foi o espelho do que o brasileiro sempre quis ser e nunca conseguiu. Um vencedor, o copiado e não o copiador. O invejável. O exemplo.

Ayrton não é algo que eu possa explicar a quem não assistiu ao vivo seus super poderes. Mas posso pedir que entendam as lágrimas dos mais velhos neste domingo e não tentem menospreza-la como hipocrisia ou frases como “era só um piloto”.

Senna pode ter sido qualquer coisa. Menos “só”.

abs,
RicaPerrone

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