Vem da origem, do social, cultural. As vezes nem mesmo paramos pra pensar os “porques”, mas tem. E toda torcida é coletivamente diferente de outra.
Conheço a dos 12 bem. E tem 4 que são parecidas em um quesito que as outras 8 nunca vão entender quando explico, simplesmente porque tem características diferentes.
Não se trata de ser melhor ou pior. Se trata de ser diferente apenas.
Atletico, Corinthians, Grêmio e Flamengo tem uma coisa muito difícil de explicar, muito apaixonante, e muito parecida. Eles elevam a importância dos jogos. Deturpam a verdade pra mais e pra menos e acabam transformando o dia a dia dos clubes deles mais intensos.
Repito: é dificil explicar.
Mas a impressão que tenho é que se você pegar um jogo cheio e for na porta do estádio perguntar porque você está aqui, você ouvirá: “É Libertadores”, “É final”, “Time precisa”, “É contra fulano”. E se você perguntar nesses 4 que eu citei a resposta é “Porque sim”.
Claro que como “massa” as pessoas se mobilizam mais e menos pra jogos conforme importância. Mas o ponto não é a carga de ingressos, mas a intensidade com que aquilo é vivido por quem está ali.
O jogo do Atlético MG é completamente diferente do jogo do Botafogo, por exemplo. E isso se você colocar dois jogos com o mesmo público na mesma importancia. São experiências completamente diferentes.
É o que temos de mais rico, eu diria. Embora seja mais fácil achar que “é tudo igual”.
Hoje em Belo Horizonte eu notei algo incomum. Poucos times tomam a cidade toda pra si quando jogam. O Galo é um desses raros times.
Quando acordei e desci na rua hoje, Belo Horizonte já era apenas a cidade do jogo do Galo. Esse poder de inverter os fatores e fazer da cidade o lugar do jogo e não o jogo um evento na cidade, poucos times tem.
O Galo tem. Foi dia de Galo. Mesmo perdendo, pouco importa. O dia em Belo Horizonte teve apenas duas cores do começo ao fim.
abs,
RicaPerrone