Curioso o título do texto porque eu mesmo não o conheço bem. Vi umas 3 vezes, apertei a mão umas 2, uma entrevista no skype, e só. Mas ouço, leio, conheço as pessoas, as que amam, as que odeiam, as que invejam e as que o cercam. Até que na semana passada fui conhecer o Instituto Neymar.
Mais do que o instituto, o pai. E mais do que o pai, a “operação Neymar”.
Eu não conheci todos os craques do mundo, mas apostaria tudo que tenho que nunca um jogador foi tão preparado para ser o que é em toda a história.
Neymar não é um atacante. É uma marca que existe e vende antes mesmo de ser profissional. A promessa que nunca abriu espaço pra frustração. A mescla de personalidade, talento e profissionalismo que dribla qualquer perseguição.
Seu Neymar tem um filho, um cliente e um negócio. O filho ele enche de carinho, o cliente ele enche de dinheiro, o negócio ele faz prosperar com imagem, receita, planos a médio e longo prazo e ainda prepara um legado.
Sem deixar de sair, porque é moleque. Nem deixar de errar, porque é humano. Sem ser um robô, não se vendendo a imagem de santo, nem a de Bad Boy. Neymar chuta de esquerda porque seu pai se preocupou com isso quando ele tinha 6 anos. Tem o dinheiro que tem porque calcularam que ele estaria ali com 23 anos.
E ajuda mais de 2 mil pessoas porque quer.
Talvez você precise ir lá ver, e nem sei se pode. Mas quando ver, saberá que não se trata de um negócio qualquer ou de uma ação pra encher capa de jornal local. O que tem na Praia Grande é um conceito, não um prédio com crianças e mídia para um jogador.
O que eles construíram 80% dos times de série A do Brasil não tem como estrutura física para seus atletas. Imagine para seus garotos da base.
Neymar joga mais que todo mundo, está mais preparado que todo mundo e conquistar o mundo é consequência natural. Que seja em 2018, em 22, ou sozinho num prêmio individual qualquer. Pouco importa.
Enquanto você avalia dribles, gols e até noticias sobre a vida pessoal do garoto, escondem-se atrás disso mais de 2 mil famílias ajudadas pelo seu talento com os pés, e o do pai com a cabeça.
Neymar não é apenas um jogador de futebol. Seu pai não é só um “pai de jogador” e seu Instituto passa longe de ser um jogo de cena midiático pra promove-lo.
E você precisava saber disso.
abs,
RicaPerrone