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São Paulo

Cuidado com o Raí

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Normalmente são jovens que se dispõe a protestar. E normalmente jovens passam a se achar idiotas 10 anos depois. Eu compreendo porque já fui, e de alguma forma anda sou na medida em que daqui 10 anos me acharei hoje um idiota.

Saudável. Porque se você não achar que há 10 anos era um idiota a única conclusão que há é que você ainda o é.

Então, sabendo que são jovens em sua maioria que saem de casa para ir ao CT protestar, até porque já fiz isso quando adolescente, vamos ponderar uma coisa bastante importante nesse processo de insatisfação.

Cuidado com o Raí.

Talvez pra muitos de vocês ele seja um ex-jogador dirigente. Mas para quem viu a sua geração e a anterior torna-se até consideravelmente uma constatação de que trata-se do maior jogador de nossa história.

Com todo respeito ao nosso capitão Ceni, Raí foi o elo entre um SPFC regional e um SPFC mundial. Ceni foi o grande goleiro de um time já gigante. E por isso a idéia de importância dada sem números e comparações atuais.

Critica-lo é parte do show. Ele topou ser dirigente. Mas hostiliza-lo, não.

Estamos falando do cara que pegou nosso clube bicampeão brasileiro e o deixou campeão do mundo, bi da Libertadores e com mais um Brasileiro. E não porque jogava lá, mas porque decidiu quase TODAS essas finais, inclusive duas raras conquistas contra o Corinthians, onde normalmente não temos “sorte”.

Raí só não é um “Deus” no Morumbi e no dia a dia do futebol porque é quieto, culto, vive viajando e não se mete em nada. Não gosta de mídia, não dá declaração polêmica e portanto pouco interessa aos microfones.

Mas mesmo que ele venda o Antony e compre o Eder Luis de volta pelo mesmo valor, ainda assim, ele é o Raí.

Pros mais novos talvez isso não faça sentido. Pra quem tem quase 40 o que não faz sentido é não haver uma estátua deste sujeito no Morumbi.

Protestemos. O clube merece. Mas nesse caso, e somente nesse caso, com uma pé no freio. Raí não é dirigente, é o protagonista das mais belas páginas da história que estamos indo lá cobrar.

RicaPerrone

Atlético MG

Saldo de compra e venda dos últimos 10 anos

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Nos últimos 10 anos os grandes clubes do Brasil alternaram momentos. Alguns em profunda crise, outros nadando em ouro, mas todos ainda tendo nas receitas de jovens uma grande parte do seu faturamento.

E portanto, considerando as temporadas 14/15 até a 23/24, fizemos um balanço de acordo com os dados do Transfermark sobre o fluxo de compra e venda de jogadores de cada um dos 12 grandes.

Claro que existem salários, luvas, “compras” sem repasse ao ex-clube por fim de contrato. Mas aqui consta apenas o que é valor final e oficial.

Quanto seu clube comprou e vendeu nos últimos 10 anos?

Algumas curiosidades sobre:

  • O Fluxo de compra e venda do Grêmio, somado a resultados, nos últimos 10 anos é muito bom.
  • O Fluminense segue vendendo suas jóias e comprando pouco tendo recentemente conquistado títulos em 2023.
  • O Flamengo é uma máquina de ganhar e gastar.
  • O Botafogo tem uma divisão de base terrível. Não gera quase nada ao clube.
  • O investimento do Vasco foi quase todo feito em 22/23.
  • A temporada de maior gasto foi a do Flamengo de 19/20, com 250 milhões em contratações.
  • A maior janela de vendas também foi do Flamengo em 18/19 com 483 milhões de reais.
  • Nenhum dos 12 grandes comprou mais do que vendeu no saldo dos últimos 10 anos.

Rica Perrone

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Atlético MG

Classificação Planejada 2023 – #18

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Todo ano aquela tabela polêmica que mostra o caminho dos clubes pra buscar 72 pontos e brigar por título.

Pra que? Pra você saber se um caminho foi mais fácil que outro ou não. Pra entender quem jogou mais partidas difíceis em casa ou fora e portanto compreender o que a tabela lhe ofereceu até aqui.

As tabelas não tem relação entre si. Cada tabela é pensada pro clube em questão apenas.

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São Paulo

Isso é futebol! O resto é esporte

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Nos acostumamos a fazer contas, analisar pontos e desempenho. Números, números e mais números. Parece até um esporte.

O futebol nos pega pelo ídolo, o momento, o imponderável, a expectativa de reverter o cenário em segundos. O futebol é um entretenimento que movimenta sentimentos e por consequência disso, dinheiro.

Não há dinheiro sem entretenimento. E para isso é fundamental o que muitos chamam de “loucura”. Ora, “loucura” é esperar que os de sempre entreguem mais do que o de sempre.

Ou pior: esperar que um parque de diversões sobreviva sem novas atrações, sejam elas tão boas quanto anunciadas ou não. A gente quer esperar algo melhor, mesmo sabendo ser improvável.

São 20 times. Só um campeão. Como podemos fazer os outros 19 serem interessantes, portanto?

Com ídolos. Expectativa, atrações, novidades, discussão, paixão.

Pra isso os maiores times do mundo jogam dinheiro pela janela contratando revelações que em sua maioria não dão certo.

O Real Madrid pode fazer 10 jogadores em sua base. Os dez teriam que ser campeões de tudo pra causar o impacto da chegada de um grande craque. E é disso que vive o futebol quando a vitória não é garantida.

Se é que algum dia ela foi.

James é expectativa, curiosidade, assunto, camisa, chegada, apresentação, euforia, oba-oba, talento bruto.

Se vai dar certo em campo, não sei. Gostaria. Até apostaria, pois acho craque. Mas quando o futebol brasileiro entender que a venda é de entretenimento e não de resultados, saberá que ele se pagaria mesmo se mal jogasse.

Como ainda não sabem, pode sair caro. Mas ainda assim, ver a torcida tricolor mudando o patamar da expectativa em horas é algo que o dinheiro compra. Se chama James Rodriguez.

RicaPerrone

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