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2×0 com respeito

Se havia um favorito era o Corinthians. Pelo estádio, pelo time, pela fase e principalmente pela vontade de não tornar o primeiro jogo entre os maiores rivais do futebol paulista uma glória adversária.

Mas também era “fácil” ser Palmeiras neste domingo.  Grande, mas franco atirador. Em quais circunstancias em sua história centenária o alvi-verde se colocou diante do rival desta forma?  Desconheço.

O Pacaembu, ainda que mais alvi-negro, era o Pacaembu. E hoje, pela primeira vez na história, o Corinthians foi de fato mandante. E como tal, caberia a ele a obrigação insuportável de ter que derrotar o rival.

Esperava-se, portanto, um Corinthians mais tenso, um Palmeiras mais relaxado. Mais disposto a “aprontar alguma”.

E o que equilibrou de fato a partida foi o respeito, não o futebol.

Porque longe de ter jogado uma grande partida, o Corinthians em momento algum se esqueceu de quem estava do outro lado. Jogou sério, com mil ressalvas atrás, achando o 1×0 ótimo e ponderando sempre a perspectiva da noite não terminar tão bem.

Mas era só história. Aquele Palmeiras do outro lado não foi capaz sequer de tentar estragar a festa adversária. Sequer ameaçar, ousar, flertar com a “zebra”.

Escondidos numa camisa que não os merece, o time palmeirense pouco tentou, nada criou e transformou toda a imprevisibilidade de um clássico no mais óbvio dos finais.  Deu Corinthians.

E sem sustos.

abs,
RicaPerrone

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