Eu não sei o quanto foi o Flamengo, o quanto foi a incompetência do Ceará. Sei que, por 45 minutos, numa formação com 1 volante de origem, um Renato mais recuado e o Ronaldinho centralizado e não marcando o pau de escanteio, o Flamengo fez uma partida perto do ideal.
Tocou, controlou, criou pelos dois lados, teve chances claras de gol e não foi ameaçado em momento algum. Depois, desandou. Mas venceu.
Vencer o Ceará lá foi um resultado importantíssimo. Mas talvez seja ainda mais relevante o que vimos em 45 minutos.
O Flamengo testou um time ousado e que prende o rival em seu campo. Funcionou.
Na segunda etapa, o juiz foi muito “Zé Ong” pro meu gosto. Expulsar um de cada lado porque um empurrou, outro deu chutinho? É muita frescurinha.
Ninguém agrediu ninguém. Aquilo é troca de empurrão de colégio, absolutamente normal e pra um amarelo. Só.
Dali pra frente, não sei porque, o Flamengo resolveu que esperaria o Ceará vir pra cima pra contra-atacar.
E surpresa! O Ceará não foi.
Jogo mais morno e fácil impossível. O Flamengo bem postado, o Ceará parado e nada acontecia.
Enquanto Luxemburgo surtava com raiva de ter perdido seus 2 melhores jogadores (Ronaldinho e Thiago) para o jogo contra o Santos por exagero do arbitro, o time administrava um resultado altamente relevante na briga pelo caneco.
A grande derrota foram os desfalques pra domingo que vem. Essas, com razão ou sem, não vai dar pra reverter.
Do Ceará o Flamengo traz de volta 3 pontos, 45 minutos muito bons, 2 desfalques relevantes e a certeza de que está na briga pelo título e, principalmente, de que quando leva um jogo a sério, dificilmente perde.
Pena que só leva a sério quando o jogo “parece” difícil.
Quando não “parece”, ele faz ficar.
Mas tudo bem. Qualé o rubro-negro aí que vai se dizer desacostumado com drama, sufoco e vitórias impossíveis?
E qual vai dizer que confia no Flamengo quando um jogo é muito fácil?
Bom, contra o Santos parece difícil…
abs,
RicaPerrone