Sem bola

7/10 – Dia da independência

Há muito desconfiamos, mas era preciso uma prova determinante para poder garantir. O Brasil não é mais um país manipulado pela mídia, classe artistica e velhos partidos.

Em 2018 os três poderes escolheram dizer “não” a um só homem, que sequer tinha tempo de resposta. Eram miseráveis 8 segundos de tv, o que até outro dia determinaria a sua posição no resultado final.

E não, meus caros. Dessa vez não. Sem TV, contra a mídia, contra os ídolos e a classe artistica, sendo massacrado com meias verdades o tempo inteiro e sendo esfaqueado não podendo continuar parte da campanha, o povo escolheu quem quis.

Não, cara! Não entra na pilha de discutir se era o melhor ou o pior. O ponto é outro. Até mesmo o mais fanático petista, que por obviedade não tem intelecto para tal, deveria fazer esse raciocinio e  notar o que conquistamos hoje.

O Brasil não é mais um curral da TV. Não diz amém porque um galã de novela abre a boca. E não precisa mais da mídia pra saber quem é quem e para escolher seus lados.

Pela primeira vez na história não foram eles que decidiram o que íamos pensar. Pensamos por nós mesmos e, certos ou errados, nós decidimos.

Neste dia toda empresa deveria rever seu medo comercial de atrelar marca a opiniões, seu delírio antigo sobre rejeição e entender que o “não” só vem pra quem tem muito “sim”. Ninguém precisa rejeitar com tanto barulho o que não tem aceitação.

E agora eu pergunto a você, marca medrosa que achou que iria contra o povo se apoiasse algo que não seguisse a cartilha do detestável e rejeitadíssimo politicamente correto: como se sente tendo tido medo de agradar a maioria?

Um país covarde, manipulado e ainda nas mãos de muito político, bolsa-cabresto, entre outros, colocou uma manguinha de fora.

Faz jornalismo, Globo. Lavagem cerebral você não faz mais. Imagina as outras, coitadas, se arrastando pra ter a audiência que um vídeo de gatinho acordando tem num dia.

Acabou.

Os institutos de pesquisa erraram grotescamente, gerando até boa dose de desconfiança sobre sua boa fé.  O PT está destruído, o PSDB perdendo força absurdamente, e novos partidos, pessoas e uma nova cultura começa a se formar.

Aos poucos, é verdade. Ainda falta muito. Votamos mal, escolhemos mal, nos posicionamos mal.

Mas pela primeira vez, ainda que acabe se mostrando um equívoco lá na frente, terá sido uma escolha nossa.

Talvez o Haddad perca. Talvez o Bolsonaro. Mas ninguém foi tão desmoralizado neste 7 de outubro quanto imprensa, classe artistica e os grandes partidos que por anos nos estupraram.

Dia 28 tem mais. E aí? Vão descer pro chão ou cair do salto?

abs,
RicaPerrone

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