Falcão e Renato se aventuraram simultaneamente numa situação de rara vantagem. Era muito mais fácil ser demitido no clube que é mito do que ser campeão e aumentar o mito. Batata!
A diferença é que Renato foi boleiro, Falcão não. Ponto pro ex-gremista, que não saiu sob vaias e não arranhou o mito.
Renato assume o Grêmio, enfrenta problemas e consegue uma temporada brilhante, levando o time até a Libertadores. Vê seu elenco ser todo vendido, as peças demorarem a chegar e o semestre ir pro buraco. Quando começa o Brasileiro e ele nota que não vai conseguir arrumar, salva o mito e deixa um emprego.
Falcão, menos “malandro”, chega ao Inter impondo todo seu conhecimento e filosofia. Comete o erro mais básico de liderança que existe, que é o de menosprezar seu próprio grupo. Ao fazer isso, perde o grupo.
A consequência é natural, clara, quase óbvia.
Falcão cai, o mito se mantém, mas deixa aquele leve arranhão.
Ambos não precisavam ter tentado. Ambos foram corajosos por terem ido e merecem aplausos pela tentativa.
A diferença no resultado, no entanto, é brutal.
Renato é o cara que salvou o Grêmio em 2010, que foi “sacaneado” pela diretoria que vendeu meio time e não deu peças pra repor.
Falcão é o cara que não ganhou nada, piorou o que já estava ruim e ainda menosprezou o elenco Colorado.
Dois mitos, apenas um boleiro.
E o Inter tem sim time pra ser campeão. Dos melhores, diga-se.
Quem não tem é o Grêmio. Mas até nessa situação é preciso ter jogo de cintura.
Com um elenco pior, Renato saiu ídolo. Com um baita time, Falcão saiu sob protestos.
Pode isso, Arnaldo?
Pode…
abs,
RicaPerrone