No Engenhão, mais um jogaço! Botafogo e São Paulo fizeram o jogo mais psicológico do do Brasileirão. O futebol era relevante, e até onde foi, sobrou Botafogo. Quando foi colocado a prova os nervos, a postura e a confiança no taco, porém, o Tricolor empatou.
Para alguns futebol é apenas um bando de caras que chuta, passa, cabeceia e marca gols. Mas ele vai além. Em toda história vitoriosa há um lado mental muito forte, onde os envolvidos são exigidos e respondem positivamente.
Ontem o Fogão foi testado e negou fogo. Quando podia golear, não fez. Ao sofrer um gol, em casa, a desconfiança em massa que cerca o clube há anos, novamente, venceu.
Pode colocar o Botafogo contra quem for. Ele tem time pra brigar de igual pra igual, no mínimo. Só não o coloque diante de seu maior fantasma, que é o do final infeliz.
Pergunte a um alvi-negro o que ele acha do título que está por vir. Ele dirá que não, porque “voce sabe como é o Botafogo ne…”.
Ele não está errado, os dados recentes apontam pra isso. Nem está certo, pois isso só se muda com atitudes.
Não adianta o presidente contratar, o técnico arrumar e o goleiro pegar tudo. É preciso ter fé e confiar no taco até o fim. O time do Botafogo, seja ele qual for, sente a desconfiança. Ali, no campo do Engenhão, basta olhar em volta e o medo de tomar o empate era muito maior do que a euforia pela vitória ou perspectiva do terceiro gol.
O botafoguense vive pensando “De novo não!”. E é ai que acontece, de novo, sim.
Loco Abreu é a marca de um novo clube. Ousado, corajoso, vitorioso e que busca peitar as adversidades. Faltou ao Botafogo, domingo e há alguns anos, outros “Locos” em campo e também fora dele.
Acreditar é parte da conquista. Só ganha quem acredita que pode ganhar.
E que tal começar por você, desconfiado alvi-negro?
abs,
RicaPerrone
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Coluna desta terça-feira no RJSports. Toda terça uma coluna inédita no metrô do Rio de Janeiro e nas bancas. Aqui, só a noite….