Uma vez, quando Kléber havia voltado pro Brasil e começava a jogar bem pelo Palmeiras, perguntei a um dirigente do São Paulo: “Porque ele não voltou pra cá?”. A resposta me causou uma razoável surpresa, já que não conhecia a fama do jogador ainda.
“Esse não pisa mais aqui. Tivemos que vender logo porque não aguentávamos mais”, disse o dirigente, acrescentando detalhes que não cabem aqui.
Eu e Marcelo Prado, setorista tricolor do Globoesporte.com, trocamos informações e nos ajudamos sempre que possível. Inclusive sustentando sua enorme barriga através de rodízios, o que não vem ao caso.
E para meus espanto, enquanto apurávamos um nome sem sequer imaginar a possibilidade, descobrimos que um dos “grandes reforços” do São Paulo para janeiro de 2012 era, acreditem, o próprio Kléber.
Ele seria emprestado por 1 ano pelo Palmeiras com valor de compra estipulado. O salário do jogador seria de cerca de 300 mil reais, algo que o São Paulo não costuma fazer e, sendo o Kléber, poucos com algum juizo o fariam.
Mas, tem gente que gosta de emoções fortes mais do que o Juvenal. E então surgiu o Grêmio, oferecendo 500 e 5 anos de contrato.
Mesmo disposto a pular o muro e tendo gostado da oferta, Kléber avisou o Tricolor da proposta gremista e foi informado que não dava pra cobrir.
Entre os 300 por um ano e os 500 por 5 anos, ficou com o tricolor gaúcho.
Mas, pasmem, o ex-ídolo palmeirense, que jurou amor enquanto lá esteve, quase pulou o muro na maior cara de pau.
Não conheço o Pepinho, seu empresário. Mas quando o conhecer, vou parabenizá-lo. Trata-se de um gênio sem igual no futebol brasileiro atual.
Consegue fazer leilão de areia no deserto e ainda fazer o cliente passar por vítima.
É um fenômeno, sem ironias.
abs,
RicaPerrone