Transformando lata em ouro
A atuação do Fluminense foi pra lá de ruim nesta terça-feira. Para um “super-time” de quem se espera muito, pior ainda. Os melhores lances do jogo foram com 10 minutos, sem ignorar os bons pontapés de Wagner e Euzébio nos argentinos, é claro. (brincadeirinha, zé ongs)
Abel pode ser bastante inocentado de qualquer coisa. O time entrou num 442 simples e que requer muito mais o básico dos jogadores do que qualquer mistério tático que mude uma história.
Com 2 meias, 2 atacantes e bons laterais, o Flu só deu bicão pro alto porque quis, não porque foi orientado. O desespero em dar show virou um tormento. A torcida impaciente, o time nervoso e os argentinos enchendo o saco, como sempre.
O interessante do jogo é que aos 20 do segundo tempo a torcida vaiava. Aos 30, cansada da péssima atuação, estava claro que o fim do jogo seria de protestos.
Mas aí vem o Arsenal e fica pressionando os 10 minutos finais. O Flu se vira, com um a menos, e tira a bola como dá. Mesmo mediocre, o time argentino deu um calor no Flu.
Bola na área, bico pro alto. Bola na área, bico pro alto. E o que era pra ser vaia vira um “drama de guerreiros”.
Pronto, a lata virou ouro. As vaias viram aplausos e aquele peito cheio de angustia e decepção é rapidamente transformado num outro cheio de orgulho.
Ao apito final, festa!
Se não convencer na técnica, vai na raça. O importante são 3 pontos?
Sim, numa estréia, sim. Depois disso, não mais.
abs,
RicaPerrone