Connect with us

Botafogo

Mete a mala, Fogão!

Published

on

O Flamengo não consegue vencer jogos onde é muito favorito, pois seu passado o faz temer o pior e ele, geralmente, se repete. O Corinthians não consegue ganhar a Libertadores porque a síndrome de pânico que evolve a história do clube e a competição dificultam 10 vezes mais que o normal.

No Botafogo basta ser favorito para o medo de repetir o fracasso ser mais relevante do que a vontade de vencer. Não importa o campeonato, nem o time, nem o local. Basta um pedido para confirmação de grandeza e lá vem o pânico.

Outro dia escrevi um texto aqui dizendo que não entendia o nível de cobrança da torcida do Botafogo. Muitos concordaram, outros acham que não, que é pra vaiar, cobrar, etc.  Eu ainda parto do princípio que, na lama, é melhor tentar sair juntos do que afundar todos reclamando. Mas…

Ontem, de novo, o Botafogo tinha que vencer. E de novo, como quase sempre, quando é favorito e tem obrigação de ser, não reage bem.

Desde o Juventude no Maracanã lotado, desde sei lá que final de estadual, o Botafogo não aguenta ouvir dizer que é favorito.  Situação que não cabe a um time grande, pois é exatamente esse poder de suportar a condição de favorito que lhe diferencia.

A sequência de investimentos patéticos acabou. O time está montado, mantido e em dia. Não há mais como colocar na falta de pagamento, na falta de um campo, de um lugar pra treinar. A conta é outra, mais simples.

Do porteiro ao centroavante, passando também pela torcida, ser botafoguense dá medo.

Todos eles tem aquele discurso de “sofredor”, aquela carinha de “vai dar merda” e aquele pessimismo que chega a irritar até mesmo o rival, que não quer confrontar um derrotado mas sim outro grande campeão.

E sim, o Botafogo é um grande campeão. Pena que nem ele se enxergue desta forma as vezes.

O Fogão é aquele cara muito inteligente, bacana, tirou notas boas, fez bons cursos mas que não consegue sair do emprego intermediário e do salário comum.  E vê, com raiva, os menos estudados ganhando mais, as vezes sem ter nem metade do seu bom curriculo.

E aí ele se acostuma com isso, faz da sua situação uma “piada” de “má sorte” e pior, acredita nisso.

“Coisas que só acontecem com o Botafogo”, ou discursos como os daqueles intelectuais da bola que dizem: “Não podia dar Botafogo. O estádio estava lotado, a tocida do Botafogo não lota. Aquilo não era Botafogo”, discursando sobre a derrota pro Juventude, por exemplo.

Podia sim, deveria ter dado, mesmo que esse rótulo místico de fracasso engraçadinho tenha sido tão bem plantado e regado ultimamente.

Em 95, campeão, o time teve Tulio, Donizete, Beto… opa! Será que estes caras tem esse perfil “perdedor acostumado” que hoje alguns assumem? Não, não tem.

Talvez seja essa a diferença.

Abreu é, hoje, o anti-Botafogo. O marrento, o que se garante, o que se acha superior. E a torcida o adora, porque é óbvio que vão adorar um cara que representa tudo aquilo que o clube não consegue representar ha anos.

Alguns caem na pilha de que o Fogão não é time grande, o que considero pouco discutível diante de sua história. Outros se acomodam no discurso de “sempre sofredor”, e outros se revoltam, como quem descobre hoje que há 20 anos o clube aceita tudo de pior e acha justificativas no além, no “sobrenatural”, onde for. Menos onde precisa, que é nele mesmo.

Jefferson, ontem, incoerente, errado, fez o que falta ao Botafogo. Foi marrento, meteu o dedo na cara, chegou quase a ser estúpido condenando um rival de fazer algo que seu time faz e aplaude.

Mas então não era pra ter feito! Não! E foda-se, porque o Botafogo precisa com mais urgência do que um beque ou um lateral uma dose de marra que faça dele um time que irrita os adversários, que desafie a lógica de um clássico e não um time que, se perder, fará uso do discurso pronto do juiz, da sorte e das coisas que só acontecem com o Botafogo.

Não precisa ser o Vasco do Eurico, o SPFC do Juvenal. Mas ser o oposto extremo, aquele que se junta pra chorar na coletiva pós jogo, pior ainda.

Grandes não causam pena. Causam medo, inveja e raiva.

O Botafogo não é digno de pena, mas hoje está longe de ser motivo de “medo” ou “raiva”.

É piada pronta, partindo dos rivais com a assinatura dos seus, que adoram confirmar que “O Botafogo só se fode”.

“Precisa beque”, “precisa lateral”, “precisa meia”, “o problema é técnico”, “com 3 zagueiros não da…”….  Pára! O problema não é esse ou, melhor, não é “só” esse. Talvez nem seja tão relevante o lateral, o meia ou o esquema de 3 ou 4 zagueiros.

O relevante é a postura. É o respeito que o Botafogo está deixando de colocar por não saber ser marrendo, ousado, “folgado”, quase “escroto”.

Não é pra Oswaldo, nem pra Caio Jr. É caso pra Renato, pra Felipão.

Você gosta? Não, talvez odeie. E é isso que falta ao Fogão.

Odeie-o, mas não seja indiferente a ele.

Acredite, moro em São Paulo há 33 anos, não tenho um pingo de dúvida em afirmar: O Botafogo é o grande que menos coloca “medo”  nos adversário.

Você respeita, é claro. Mas nunca vai a uma “batalha” no Engenhão. Vai a um jogo onde, diga-se, você raramente se considera azarão.

E que gigante é esse que ignora seu real tamanho e aceita, ano após anos, uma situação menor?

Não é a diretoria atual, não é o elenco, nem o treinador. Isso é uma história, não uma fase de 3 anos.

Não adianta dar pro Maicosuel  a conta do Dimba. Não cobrem do Abreu os gols que o Dill perdeu.

Talvez você considere que eu esteja desrespeitando o Botafogo ao dizer tudo isso, mas na real eu estou respeitando mais do que muito botafoguense que se acostumou com a idéia do “meu time só se fode”.

Atitude, arrogância, marra, escrotidão. Ingredientes que em doses exageradas transformam um vencedor num babaca. Mas que na falta da dose mínima transformam gigantes em perdedores.

O Botafogo não é um perdedor, nem um clube que “só te fode”.

Menos ainda, hoje, um clube que “se garante”.

abs,
RicaPerrone

Continue Reading

Atlético MG

Saldo de compra e venda dos últimos 10 anos

Published

on

Nos últimos 10 anos os grandes clubes do Brasil alternaram momentos. Alguns em profunda crise, outros nadando em ouro, mas todos ainda tendo nas receitas de jovens uma grande parte do seu faturamento.

E portanto, considerando as temporadas 14/15 até a 23/24, fizemos um balanço de acordo com os dados do Transfermark sobre o fluxo de compra e venda de jogadores de cada um dos 12 grandes.

Claro que existem salários, luvas, “compras” sem repasse ao ex-clube por fim de contrato. Mas aqui consta apenas o que é valor final e oficial.

Quanto seu clube comprou e vendeu nos últimos 10 anos?

Algumas curiosidades sobre:

  • O Fluxo de compra e venda do Grêmio, somado a resultados, nos últimos 10 anos é muito bom.
  • O Fluminense segue vendendo suas jóias e comprando pouco tendo recentemente conquistado títulos em 2023.
  • O Flamengo é uma máquina de ganhar e gastar.
  • O Botafogo tem uma divisão de base terrível. Não gera quase nada ao clube.
  • O investimento do Vasco foi quase todo feito em 22/23.
  • A temporada de maior gasto foi a do Flamengo de 19/20, com 250 milhões em contratações.
  • A maior janela de vendas também foi do Flamengo em 18/19 com 483 milhões de reais.
  • Nenhum dos 12 grandes comprou mais do que vendeu no saldo dos últimos 10 anos.

Rica Perrone

Continue Reading

Botafogo

O botafoguense é um herói

Published

on

Eu já tive pena de torcidas pelos mais diversos motivos. As vezes eles fazem festas lindas, viajam pra longe, apoiam o inacreditável e perdem.

Já fui parte disso em alguns momentos que meu time não mereceu perder. Mas eu nunca tinha visto em 45 anos um clube fazer com seu torcedor o que o Botafogo está fazendo com o botafoguense.

Fosse rebaixado seria menos doloroso. Ao menos seria por etapas. Hoje ele estaria apenas rezando como diversas vezes o fez esperando pelo pior.

Mas não. Não satisfeito com anos sem trégua de sofrimento eles deram ao torcedor o sonho impossível de ganhar o Brasileirão. E não era mais um sonho. Em determinado momento era um fato.

E aí, embora houvesse como perder, nem o mais pessimista de todos eles assinaria tal roteiro.

Não há flamenguista no mundo que pudesse ser tão cruel quanto os fatos. O que o botafoguense vive hoje é uma espécie de experimento social inédito para conhecer os limites do amor.

O termo “incondicional” vai ser rebatizado. Você me ama? Sim? Muito? Sim. Tipo um botafoguense?

Namoradas terão esse diálogo com seus dignissimos. Porque de fato não há amor que suporte relacionamento tão tóxico, pra usar termos modernos lacrantes.

Nunca vou ter pena do Botafogo. É um dos maiores clubes da história do futebol e não merece a pena de ninguém. Mas o que o botafoguense está vivendo desde o intervalo contra o Palmeiras é o mais cinematográfico processo de tortura psicologica que o futebol já proporcionou a alguem.

Sempre no fim. Sempre com tudo nas mãos. Sempre quando a esperança volta.

Parece sacanagem. E as vezes é tão absurdo, mas tão absurdo, que ainda acho que o Botafogo será campeão pra compensar tudo isso.

Mas não vai. Embora tivesse a obrigação de ser.

Se um dia a vida quiser devolver a altura pro botafoguense toda sua devoção terá que lhe entregar o maior título da história de um clube brasileiro em todos os tempos. E ainda assim ficará devendo.

Eu sinto pena do botafoguense hoje. E uma admiração absurda por aqueles que não vão abandonar e viver tudo de novo em 2024.

RicaPerrone

Continue Reading

Botafogo

Vocês não tem o direito de desistir

Published

on

“Prometo estar contigo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, amando-te, respeitando-te e sendo-te fiel em todos os dias de minha vida, até que a morte nos separe.” 

Se você não disse isso ainda pra alguém, um dia dirá. E se disser, não vai cumprir. Casamentos acabam, amizades acabam, carreiras são trocadas, até mesmo de sexo se muda. Mas o time de futebol não é uma alternativa aceitável pra trocas. Homens não mudam de time. E se mudam, não são homens.

É seu único casamento que com certeza será pra sempre. E assim sendo, cumpra o prometido.

Tá doendo? Tá. Tá com cara de tragédia? Tá. Mas e daí? Quando tava ganhando você tava lá. Agora é ele que precisa de você, não você que está gozando com a vitória dele.

Torcedor bom vai quando PRECISA. Torcedor comum vai em jogo bom ou quando está legal fazer parte.

Eles estão em pânico. Tá tudo dando errado. Mas se você não notou o Botafogo ainda é líder e faltam 6 rodadas.

Se não vier da arquibancada o voto de confiança, de onde virá? Se a casa não estiver cheia, mesmo que seja em outro estádio, qual o recado será dado?

Avise-os na prática que vocês estão ali ainda. Porque quando torcidas como Corinthians ou outros rivais lotam um treino ou uma porta de CT pra apoiar todos acham lindo. Então faça.

Bota a cara, usa a camisa, acredita e tente ser parte do processo de reverter isso. Baixar a cabeça e desistir é exatamente o que o Botafogo tenta se livrar há décadas. Comece por você.

Qualquer gesto de confiança ajuda. Numa rede social dos jogadores, agindo na quarta como se estivesse tudo bem, ou que seja usando a camisa na rua. Mas o Botafoguense não pode desistir antes do time.

Eu conheço jogador. Só tem uma coisa que mexe com eles: o estádio.

Jogador é mercenário? Ok, muitos. Não tá nem ai? Alguns. Mas não tem um ali que seja indiferente a vocês. Todo mundo quer a mesma coisa.

Não é pelo terror que eles correm mais. É pelo amor.

Se você abandonar o líder do campeonato faltando 6 rodadas não é exatamente o time que é pipoqueiro. Você não será diferente.

Torcedor que paga ingresso pra cobrar não entendeu nada. Pague ingresso pra jogar. E então você terá a honra de dizer “nós” quando o caneco vier, e não “eles”.

Vocês não tem o direito de desistir. Mesmo que percam, morram atirando e não tomando tiro nas costas por terem corrido da batalha.

Tá ruim. Mas ainda tá ótimo. Olha pra tabela. Agora é simples. Ou você é parte da queda, ou do título.

Escolhe.

RicaPerrone

Continue Reading

Trending

Copyright © 2017 Zox News Theme. Theme by MVP Themes, powered by WordPress.