A dúvida e a certeza
Eu não sei se os resultados do Palmeiras na temporada são insinuações ou provas de um time competitivo. Sei, no entanto, que os resultados do Corinthians nos últimos meses desmonstram com razoável clareza o que temos em campo.
Um time bem montado, competente, altamente organizado atrás e onde todos correm e participam. Atacam os volantes, laterais. Marcam todos, até os atacantes.
Pragmático para alguns, organizado pra outros. Não, não compare ao Muricybol. Não há ligação entre Chicão e Liédson, não depende de bolas paradas e sempre que vai ao ataque procura construir a jogada passando pelos volantes/meias até chegar ao ataque.
Não é um timaço, mas é um time pronto. Pronto pra competir. Ganhar é outra história, envolve mais do que a simples teoria de ter um bom time.
Do outro lado aquela sensação de “agora” vai dá uma brecada com a derrota. O 3×3 contra o São Paulo, time que tem tomado gols de todo jeito, não diz que o ataque alvi-verde voa. Nem acho que tenha jogado menos do que o “oba-oba”, mas também não acho estadual referência pra nada.
Com Wesley melhora, não sei o quanto resolve. Hoje ficou bem claro que, precisando ir buscar, diante de um time bem montado, foram 45 minutos de raríssimas jogadas ofensivas contundentes. Era sempre a esperança da bola parada, apesar dela não ser mais a única alternativa do time nas últimas rodadas.
Ninguém jogou uma partida espetacular, mas a volta pro segundo tempo do Timão foi. Se não pelos gols, com erros do adversário, pela blitz, pela forte presença dos volantes no ataque e pela forma que empurrou o Palmeiras no seu campo de defesa.
Vitória justa, merecida. Se ninguém brilhou, quando precisou, o Corinthians foi muito mais organizado ao ataque do que o Palmeiras.
E a dúvida de até onde vai este “novo Palmeiras” segue. Assim como a certeza de que o Corinthians tem um time altamente competitivo.
abs,
RicaPerrone