Economizando bola
O Fluminense segue sua estranha rotina em 2012. Cheio de expectativa em torno, cheio de talento em campo e com um banco de fazer inveja, parece escolher quando quer usar.
100% na Libertadores, campeão da Guanabara (finalista do estadual), era pra ser perfeito. E é. Não fosse o futebol apresentado, ainda bem abaixo do possível e, portanto, do cobrado.
Carioca gosta de futebol. É interessante como o Flamengo invicto de 2011 era cobrado e como hoje se repete com o Flu, em situação quase “perfeita” para os números. Mas números são como biquini. Mostram tudo, menos o que interessa.
Joga mal? Não.
Joga bem? Não.
Desconfiado, tendendo a considerar uma dose de sorte nos resultados, o torcedor pondera. Mas é de se ponderar, também, que o Flu surta.
Quando quer, joga. Quando aperta o jogo, cria. Então, porque deixa apertar?
Parece uma economia, uma preguiça quase esnobe de quem pode resolver quando bem entender.
E não, não pode.
Ou pode?
No estadual estava tudo perdido, restava uma alternativa. E através dela, deu Flu.
Na Libertadores o time faz o mínimo necessário, suficiente para ser “perfeito”. E é.
Hoje, como em outros jogos, parecia que o Flu ganharia o jogo quando bem entendesse.
E ganhou.
Afinal, que Flu é esse? Aquele que joga quando quer e ganha ou aquele que jogando menos do que quer, ainda assim, ganha?
E que preocupação é essa com um time que, abaixo do que pode, é imbatível na competição que escolheu priorizar?
É certo criticar um time que parece que vai vencer quando quiser um jogo?
É, desde que não vença.
Hoje, portanto, não é o caso.
Deu Flu, pro gasto, mas deu. De novo.
abs,
RicaPerrone