O bom clássico do Engenhão
Se o Botafogo não prometia nada absurdo até em virtude dos desfalques de Abreu e Mago, duas das mais relevantes armas ofensivas do time, o Flu menos ainda com o seu mistão cansado da viagem.
Até que surge a notícia que o Tricolor vem completo para espanto de todos, menos do Oswaldo, que disse “já imaginar”.
Eu não.
Eu não imaginei que um time que passou pelo que o Flu passou nos últimos 3 dias pudesse pensar em jogar com os titulares. Mas o Flu pensou e fez. Certo ou errado, apoio qualquer decisão que não faça de um raro jogo interessante do estadual um amistoso de reservas.
E assim sendo, muda-se o prognóstico, afinal, o Flu titular é mais time que o Botafogo desfalcado.
Em campo, um bom primeiro tempo e o 1×0 que fez o Fogão parar e achar que estava tudo resolvido. Óbvio que não, e o Flu empatou.
Dali pra frente o jogo caiu, retomou, caiu de novo, até terminar com ameaças alvi-negras, claramente menos cansados no fim.
Deco se livrou de uma expulsão que talvez até sua propria mãe teria feito. Mas o juiz, de frente pro lance, não fez.
Desconheço as regras tão a fundo a ponto de cravar. Mas não vi nada de errado no lance que o Herrera coloca a perna depois que o Diego bate na bola e a devolve pra área. Levou amarelo, não entendi.
Entre erros e acertos do arbitro, não vi nada que tenha determinado uma injustiça. Os dois times fizeram um bom jogo, alternaram momentos e o resultado ficou de bom tamanho.
O que não dá pra reclamar é do jogo. Cheio de alternativas, boas jogadas, chances de gol e vontade de buscar a vitória até o final.
Do pouco que ainda faz sentido num estadual estão os clássicos. E neles devemos usar força máxima sempre. Não porque “valha” alguma coisa na tabela. Mas porque a tabela vale menos do que um grande clássico, em alguns casos.
abs,
RicaPerrone