Recomeçar
O Vasco é um time competitivo há algum tempo. Campeão da Copa do Brasil, vice brasileiro, chegou forte na Libertadores e foi, sem sombra de dúvidas, o mais duro adversário que o Corinthians teve no torneio.
Ficou, detalhes. Comprou Éder Luis e Felipe Bastos. Nada contra, não fosse pelo valor.
7 milhões hoje não é quase nada. Mas convenhamos que o futebol apresentado pelo atacante, provável “culpado” por 80% dos 7 milhões, não condiz nem com “quase nada”.
Éder tem o carinho do torcedor pelo gol, pela correria, por ser um dos titulares do time que devolveu a auto-estima ao vascaíno. Mas não, ele não é um jogador de 7 milhões.
Com Fagner chegando, aproximando, ainda saia alguma coisa. Sem ele, sozinho, correndo feito um maluco e não olhando pra frente em momento algum, fica mais complicado ainda.
O equilibrado Vasco que começava com Dedé e Romulo atrás, dando boa saida de bola e segurança agora obriga Juninho a vir buscar. Não tem mais Diego Souza, grande e forte pra brigar e trombar, além da técnica apurada quando acordado.
Não tinha, nunca teve, um grande ataque. Hoje não tem mais um grande time. Mas pode refaze-lo a médio prazo.
Carlos Alberto, se jogar bola e nada mais, pode substituir Diego. Felipe precisa voltar a jogar em alto nível, gostei do lateral esquerdo mas o direito não me convenceu.
Tenório é muito bom jogador. Pode (e deve) fazer do ataque mais forte do que no começo do ano.
Pode, sempre pode.
Mas é fato incontestável que aquele Vasco arrumadinho do começo do ano não existe mais. Sobrou meio time, com 2 peças imprevisíveis (C Alberto e Tenório) tendo que estar perto de seus limites para equilibrar as perdas.
Não é de se assustar que o time tenha dificuldades de criar. É preciso paciência e, mais do que isso: apoio!
O tal “caldeirão” cozinha pros dois lados. Cuidado pra não piorar o que já será difícil.
abs,
RicaPerrone