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Seleção Brasileira

Falta peso

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Você sempre olha um time pelas suas referências.  A seleção brasileira sempre foi a grandes torneios com nomes de apavorar qualquer beque, estejam em boa ou má fase.

Nomes como Romário, Ronaldo, Careca, só pra ficar nos últimos 20 anos. Gente que nem era a nossa principal opção, mas que já faziam o papel de “terroristas pré-jogo”, como Rai, Rivaldo, Kaka, Adriano, entre tantos outros.

Hoje, e não por culpa do Mano, nem da CBF, nem de ninguém, esses caras sumiram. Não que não existam, até existem, mas preferiram desaparecer.

Ronaldinho, Kaká e Adriano seriam, pela lógica, os donos desse time de 2014.  Suficiente pra meter medo em qualquer um e entrar como grande favorito. Mas os 3 não jogam mais nada, e mesmo que voltem a jogar, a sequência ruim tirou o status de solução e deu o da dúvida.

Vamos com meninos ainda não consagrados, sem peso, sem aquela certeza de que vamos ter pra quem tocar a bola quando a coisa estiver pesada.

Temos ótimos jogadores. Mas há um abismo entre Luis Fabiano e Ronaldo, até mesmo uma diferença gritante entre ele e a boa fase do Adriano. Nosso 10 é Ganso, que nem joga, ou Oscar, que não deve ter nem 20 jogos com a camisa do Brasil. Era pra ser do Ronaldinho, com o Kaká de 8, ou de banco, seja como for.

Não estão bem, não são opções. Nossa seleção tem a camisa pra assustar, talentos ainda não consagrados e a pressão de quem joga com Romario, Ronaldo e Rivaldo na frente.

O futebol mudou. A técnica não é a mais tão decisiva, e aí é um erro do futebol, não de quem não não acompanhou tal “evolução”. A técnica tem que ser fator de alto desequilibrio em qualquer esporte. Quando era assim, sobravamos. Mas não é mais.

Correr, marcar, fechar é tão ou mais relevante do que jogar. Nossos meninos não tem culpa de estarem diante de uma Copa aqui, pressão, torcida apavorada, mídia fazendo campanha contra e esperando que um Romário de 28 anos apareça no corpo de um menino de 20.

Se jogarmos contra, não há nenhuma chance. Se fizermos o fator casa, talvez.

Procuramos culpados todo dia, em tudo. As vezes, não tem.

É o caso.

Nossos nomes de peso não estão pesando mais nada. Seleção está sem grife, sem “o cara”. E não, o Neymar, aos 20 anos, não é o cara. Ele será ao longo da carreira, quando for ganhando corpo, títulos, moral, etc. Hoje, ainda é um garoto.

Craque! Mas um garoto. Como Oscar, Ganso, Lucas, talvez uma geração até melhor do que algumas campeãs. Mas sem conseguir misturar experiência e peso com a molecagem. Só tem molecagem.

Não é culpa do Mano, nem da CBF, nem da Globo.  Tem que ser mais criativo neste caso pra elaborar uma tese idiota que condene alguém.

É o acaso. O mesmo que fez Pelé com 17 voar, mas que o colocou num time de cobras criadas para poder ter a segurança de voar.

Falta peso. E não tem pra vender, nem dá tempo de construir em 2 anos.

Cobrem o possível, não o delírio.

abs,
RicaPerrone

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Futebol

“Incontestável” tem 13 letras

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Poxa, professor! Dia 5? Achei que seria num dia 13. Mas tendo um ano apenas 12 meses talvez janeiro seja o que vem depois do 12… e faz sentido.

Há quase 10 anos eu fui um privilegiado. Saindo do Maracanã após nossa última partida redentora – a vitória sobre a Espanha – Zagallo passou em direção ao carro no estacionamento do estádio. Um grupo de torcedores o viu, gritou, ele respondeu com um gesto.

E ali na saída do Maracanã nós gritamos em coro o nome do velho lobo enquanto ele nos agradecia um raro momento de juízo do brasileiro diante de um dos seus maiores orgulhos.

Foi a única vez que vi uma homenagem espontânea em massa que deveria ser diária para quem tanto nos deu.

Num país vencedor Zagallo não andaria na rua. Num país que venera o fracasso e que rejeita o que deveria nos inspirar ele morreu sem ter nada do que merecia.

Se o futebol fosse um homem se chamaria Edson. Mas seu sobrenome seria Zagallo.

Se o futebol virasse um livro ele estaria na capa.

Se não fosse Zagallo eu nem sei dizer se seríamos pentacampeões do mundo.

Hoje a CBF demitiu o treinador. Claro que foi um ato político tosco da atual gestão, mas romantizando, parecia que o cargo tinha que estar vago pra ele poder partir. Afinal, sabemos, os treinadores da seleção sempre foram apenas substitutos do Zagallo. O cargo sempre foi dele.

Um ano depois do Pelé. Parece que o futebol está gritando na nossa cara de joelhos pedindo ajuda. Nos tiraram a coroa, agora a espada.

Quem somos nós, afinal? Sem a coroa não temos poder, sem a espada não temos como lutar. Quem vai nos defender do iminente fim do império?

Não serão os bobos da corte. Aqueles que durante décadas usaram seus microfones pra menosprezar Zagallos enquanto tentavam ensinar futebol para seus verdadeiros donos.

Hoje é Felipão, Luxemburgo, amanhã será com Ronaldo, Romário, Zico, tanto faz. O Brasil não suporta vencedores. A nossa imprensa tem ódio de quem vence.

Zagallo foi patriota, militar, amava a seleção, defendia nosso futebol, acreditava no nosso jeito de jogar, tinha orgulho do Brasil e, portanto, devia ser devidamente preservado de seus merecidos aplausos. O Choquei existe há décadas, amigo. Só muda de nome, mídia e dono.

Hoje ele se foi com suas recentes internações em nota de rodapé. Não porque não importava, mas porque colocar Zagallo na capa dói. É como se a imprensa brasileira tivesse que ir ao velório de quem ajudou a matar.

Mas ainda que tenham feito uma força inacreditável, covarde e coletiva para não lhe dar os devidos créditos, os fatos ainda que deturpados não podem ser mudados.

Desculpa, Zagallo. Falo sem procuração mas sei que falo pelos bons.

E agora que venham as homenagens à la Brasil. Sempre com o corpo frio, a memória curta e a cara de pau.

Obrigado, professor! Se existir como você tanto acreditava, que Deus te dê o que nós não fomos honestos pra te dar.

Rica Perrone

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Futebol

Nunca esteve certo

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O impulso jornalistico sempre te joga pra manchete que gera clique, que gera fama, que gera dinheiro. É compreensível. Mas no futebol existe uma coisa que qualquer idiota com 2 meses de estágio percebe: falta assinar.

E assinar, irmão, no futebol, é a única coisa que realmente fecha um negócio.

Basta um telefonema. Pronto, mudou. Proposta maior. Ele vai.

Ancelotti nunca esteve acertado com a CBF. Ele ouviu a CBF e disse que, quando fosse renovar com o Real Madrid, daria prioridade pra proposta da CBF por se tratar da seleção.

E aqui vão dois jogos. O da mídia de levar a informação vinda da CBF, que vai te pautar conforme o que convém pra ela, e o do treinador em deixar isso vazar pra ganhar aumento.

Porra, juvenil!

Claro que o Real ia oferecer o aumento. E é claro que ele usaria a maior seleção do mundo pra renovar o contrato dele.

A CBF do Ednaldo foi a mais absurda CBF de todas.

Mas e agora? Agora o Mourinho recebeu uma ligação. Se foi da CBF anterior ou da que vem aí, honestamente não sei e não farei sensacionalismo na manchete pra te prender. Mas se for da nova pode haver algo.

Diniz? Ou você dá 4 anos pra ele ou não dá nada. Todo mundo sabe que demora pra funcionar. E portanto ou você o garante o cargo ou nem começa.

Hoje quem se fode é o Flu, que monta o time de 24 sem saber o seu treinador. E pior: sem ter pra quem perguntar, porque nem presidente a CBF tem.

Haja mico.

Rica Perrone

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Seleção Brasileira

Eles precisam entender

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Hoje é terça-feira e nós vamos receber a Argentina no Maracanã. A seleção patina, estranha os novos métodos, disputa uma eliminatória que não tem risco de ficar fora.

O treinador sequer é o permanente.

Estive com alguns jogadores da seleção informalmente essa semana no Rio e tentei dizer algo pra eles que me parece superficial em vossas cabeças: Brasil x Argentina não é um jogo de eliminatória.

Talvez por serem amigos, jogarem juntos na Europa, sei lá eu os motivos certos, mas aquela rivalidade que existe em nós anda distante deles. E então, meus caros, nada restará em nós que não seja esperar 4 anos pra julgar tudo como lixo ou ouro.

A seleção existe o tempo todo. De 4 em 4 anos jogamos o maior torneio, não o único. E pra sermos quem somos temos que ser protagonistas em todos eles.

As convocações de jogadores com 10 partidas de titular há décadas nos desvaloriza. Mas a CBF não entende isso. O distanciamento do torcedor é natural, os jogadores sequer jogaram no Brasil em muitos casos.

Mas será que tem alguém ali pra explicar pra eles que é Brasil x Argentina? Que a gente não quer abraços antes do jogo, sorrisos e uma atuação bonita? Só queremos ganhar.

Temos que ganhar.

Pela Copa América perdida, a Copa que eles conquistaram com ajuda de arbitragem (pra variar) e principalmente porque nós não perdemos jogos grandes em casa. Somos a maior camisa de futebol do planeta. Só que pra honra-la é preciso mais do que técnica. Precisa de sangue.

E a seleção, embora conquiste resultados, seja consistente, tenha bons jogadores e resultados, não tem sangue nos olhos.

Pra ganhar da Argentina precisa bater mais do que eles. Intimidar mais do que eles. Irrita-los mais do que nos irritam com seu anti jogo.

É preciso não ter pena do tornozelo do Messi. É um tornozelo como qualquer outro. Ou alguém duvida que eles pisariam no do Neymar?

Hoje nós vamos testa-los de vez. Se estão ali pelo treinador, pelo status ou pela seleção. E se algum jogador não suportar jogar contra a Argentina, que seja desconvocado no ônibus de volta.

Essa seleção é boa, mas reza demais e briga de menos.

Hoje é dia de mostrar quem são. Porque nós ainda não sabemos.

Existe uma geração de imbecis virtuais que torcem pela argentina e estão doidos pra gritar o nome do Messi no Maracanã. Se isso acontecer será pior do que o 7×1.

E depende de vocês se vamos rir deles ou ver os juvenis aplaudi-los.

Não é só um jogo de eliminatória.

Vençam!

RicaPerrone

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