Ontem na Vila Isabel venceu um samba que muda uma palavra no refrão. Na primeira passagem é “plantar”, na segunda “colher”. Na Vila, na vida, no futebol, onde for, é quase uma regra.
Vasco, Inter e Sào Paulo plantaram sementes diferentes esperando colher o mesmo fruto. Óbvio que não aconteceria. Agora, faltando 8 jogos, a vaga está mais perto do SPFC, bem longe do Inter, ainda possível pro Vasco.
Perto o time que arriscou, sentiu a dificuldade e foi buscar. Manteve Lucas até janeiro, manteve seu centroavante, trouxe um meia de seleção, um zagueiro promissor, trocou técnico, sempre em busca de algo mais.
Longe para aquele que fez de tudo pra errar, começando pela estranha demissão do treinador em troca de quem o demitiu. Aquele momento em que descobrimos o “bairrismo” contrário, que coloca como “estranha” uma situação que se fosse na Gávea, por exemplo, seria massacrada.
Ainda possível pro time que fez tudo errado. Manteve um técnico que nunca foi “o técnico” desse time. Quando o trocou, tirou do grupo a responsabilidade de comandar as coisas. Vendeu 3 bons jogadores, não conseguiu repor. Gastou o que não tinha para comprar 2 jogadores medíocres e caros. E assim, despencou, como era natural que acontecesse.
Sem nenhuma surpresa, chega o SPFC e atropela. O Vasco despenca e, a curto prazo, não vê muitas alternativas.
Há no futebol o imponderável que acompanha grandes camisas. Ele costuma aparecer em momentos assim, mas não é regra. E o mesmo peso de camisa que tem São Januário pesa no Morumbi, pesa no Beira-Rio.
Colhe uva quem plantou uva. Colhe laranja quem plantou laranja.
Colhe algo diferente aquele que ousou mais.
Este time está no G4 agora, sem ser brilhante, mas sendo, hoje, mais time que Inter e Vasco.
Se não houver um milagre de Damião nem de São Juninho, o Santo Paulo vai continuar sorrindo.
abs,
RicaPerrone