Se não conseguiram protagonizar uma decisão importante no Brasileirão em sua reta final, ao menos o STJD teve capa dos principais sites por 2 horas nesta quinta-feira. Dos males, o menor.
Na decisão, idem.
Como disse em outro post, não tiro a razão do Palmeiras, nem do Inter. Acho uma decisão muito complicada, mas de todas as possíveis, nenhuma delas seria “absurdo” ou “imperdoável”.
Destas, porém, só uma evitaria um problema maior: A manutenção do resultado.
Penso que o argumento do Palmeiras é digno, válido, e não me limito a pensar no “gol legal ou ilegal”, seria pobre da minha parte.
A questão coloca na mesa os diversos gols mal anulados CONTRA o Palmeiras que eventualmente poderiam ter sido anulados com ajuda de um quarto arbitro e não foram. Aí, inegavelmente, torna “injusto” o critério.
Mas como critério, futebol, arbitragem e STJD não combinam, a melhor decisão era por não abrir o precedente.
Se aberto, acreditem, não terminaria mais nenhum Brasileirão nos próximos 20 anos.
Todo clube rebaixado ou vice campeão procuraria um erro para dizer que, de alguma forma, foi prejudicado por um aviso de reporter, comentarista ou telefone celular no intervalo. Seja lá qual for a razão, num país onde a vontade de ser malandro é maior do que a de ser justo, é melhor preservar ao máximo a burocracia em alguns casos.
No STJD, que julga e analisa discussões de gente apaixonada, mais ainda.
O Palmeiras não quer “justiça”. Ele quer apenas “não cair”. Achou um argumento e buscou seus “direitos”.
Se aceitos, outros tantos fariam isso e o Brasileirão se tornaria um inferno.
Azar do Palmeiras, que na minha opinião se jogasse de novo perderia de novo. Não é esse o ponto.
O ponto é que não estamos discutindo um caso em busca de “justiça”, mas sim preservando uma situação de malandragens futuras.
E assim sendo, STJD, os considero inocentes.
Só desta vez.
abs,
RicaPerrone