A lógica do futebol
O mais interessante da internet, especialmente das redes sociais, é constatar o quanto o futebol torna as pessoas incoerentes. Até os 46 minutos do segundo tempo o Gremio era copeiro, o Luxemburgo tinha mexido muito bem, a vaga estava garantida e o Tricolor gaúcho era até favorito contra o paulista, pra muitos.
Aos 47, um penalti que não existiu. É meio impossível no planeta que eu vivo levar um empurrão no peito do lado direito pro esquerdo e cair com os dois joelhos dobrados de frente. Não tem como um empurrão lateral ou para trás (pode escolher) fazer com que a vítima caia de frente, mas para alguns, até comentaristas de arbitragem, tem.
Então, segue o enterro.
Classificação alterada por um erro, daqueles que considero imperdoáveis. Aos 47, sem chance de reação, sem “depois”, um tiro na testa. Aconteceu, o Grêmio foi “retirado” da Sulamericana no último lance do jogo.
E então, por um apito do juiz, as opiniões de 90 minutos de jogo mudaram completamente.
A partir de então só se constatava a falta de objetividade, a “covardia” do time, as péssimas mudanças do Luxemburgo e a “decadência” do treinador.
É um surto coletivo pouco justificável, mas que volta toda rodada.
“Futebol é resultado”, dizem os torcedores. E se for, qualquer um pode analisá-lo, pois é mais fácil que andar pra frente.
A diferença do Grêmio classificado, copeiro, favorito e “maduro no jogo” para o time covarde, que não jogou nada e do técnico que mexeu mal é um apito, este sim, errado.
Temos apenas um brasileiro, portanto. Aquele que vem crescendo, com “ótimo” trabalho do super Ney Franco e do craque Luis Fabiano. Mas que se empatar ou tiver o azar de não entrar uma bola, vira o irregular Tricolor do mediocre Ney Franco e do sempre pipoqueiro Luis Fabiano.
abs,
RicaPerrone