Fechou, “é nóis”!
Marin foi inteligente ao acabar com a campanha pró-Guardiola antes dela se tornar, de fato, popular. Anunciará amanhã que Luis Felipe Scolari, nosso pentacampeão, será novamente o treinador da seleção.
Eu não sou um grande fã do futebol apresentado por times dirigidos por ele, mas reconheço que em 2002 a seleção não jogou um futebol feio. Talvez, por acharem que “futebol é momento” muitos discordem que o campeão da Copa do Brasil com um time rebaixado seja o treinador.
Para estes, ele rebaixou o campeão da Copa do Brasil. Para outros, ele ganhou a Copa do Brasil com um rebaixado.
Tudo isso seria discutível e relevante não fosse Felipão um sujeito que ganha tudo, o tempo todo, há mais de 20 anos. Sua condição de treinador competente e vitorioso é absolutamente incontestável. Fez num mediocre Criciuma, num enorme Grêmio, num Palmeiras pós Luxemburgo espetacular, numa seleção vaiada até ir a Copa e numa seleção de Portugal que sequer ia até os mundiais.
Felipão é um puta treinador e discutir isso é tão imbecil quanto tentar colocar um cara de 4 anos de carreira no mesmo patamar que ele.
Só no Brasil, onde a seleção “não interessa mais ao povo” se discute seleção o dia todo há 1 semana. Só aqui um campeão do mundo é questionado e não aclamado. Onde Zagallo ainda não é estátua não há credibilidade para falar em “gratidão”, “respeito”, “valores.”. Brasileiros não sabem se aplaudir, mas deveriam.
Felipão é a escolha mais justa, não sei se a mais correta. Se puxarmos os últimos 20 anos de futebol brasileiro, o técnico de maior destaque e que portanto merece estar no cargo no maior momento da história da seleção é o Felipão.
Se em decadência ou não, mera opinião a distancia de pessoas comuns como eu e você. Ninguém desaprende, só se cansa.
Sua relação com a imprensa é ruim, o que é ótimo. Assim, ouve menos e se influencia pouco.
Até hoje, meio dia, discutíamos o melhor nome.
As 12h03 surgiu a resposta: “Felipão, é você!”.
E se “é você”, agora, com a decisão tomada, não cabe mais nada.
Apenas aceitar que “é você” e, enfim, abraçar a causa e jogarmos juntos pelo título. Cobrando, reclamando e se fazendo indiferente jogamos contra, não a favor.
É você, Felipão!
Então agora “é nóis”.
Rumo ao hexa!
abs,
RicaPerrone