O fundo do poço
Aí o Palmeiras cai, sem grana, sem time, sem grandes perspectivas. A torcida não acredita, a imprensa documenta e massacra enquanto o torcedor acredita ter ido ao fundo do poço.
Dali, para o maior campeão nacional de todos os tempos, não dá pra passar. Só subir.
Mas vem o Paulistão, campeonato mediocre como todos os estaduais, e o Palmeiras entrega a verdade ao seu torcedor numa quarta-feira morta, previsível, quase chata.
Em 45 minutos o Verdão faz com que todos os jornalistas e torcedores mudem de canal para acompanhar o vexame. 6×2, meio tempo. Nunca aconteceu de um time grande tomar 6 nos primeiros 45 minutos até onde tenho informação.
O fundo do poço se mostra mais fundo. O Palmeirense nem reage. É assustador.
Quando me refiro a palmeirense, por favor, não confunda com os marginais que vão bater em jogador, quebrar o clube. Tô falando de torcedor.
Eles não se defendem mais das gozações, não discutem, apenas olham assustados como quem espera pelo fim de uma injeção dolorosa.
Fim que nunca chega. E mesmo quando pareceu que tudo melhoraria, com a Copa do Brasil, foi apenas um suspiro antes de um novo épico fracasso.
Não vou discutir salário atrasado, falta de elenco, treinador e nem mesmo a diretoria. Todos estes vão passando, virando notícia velha. O Palmeiras também muda, se transforma, piora, melhora.
Quem fica é o palmeirense. Cada dia menos capaz de explicar os fatos, mesmo que eles sejam muito claros.
O fundo do poço era mais fundo. E não dá nem pra garantir que os pés encontraram chão.
abs,
RicaPerrone