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Palmeiras

Poucas palavras

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Nada que um jornalista tentar escrever será suficiente neste noite de quinta-feira. Apenas aqueles 35 mil torcedores que estiveram no Pacaembu são capazes de, de novo, entender o que aconteceu ali.

Os de fora, pela tv, tem também uma boa noção do tamanho dessa vaga conquistada. Mas diferente, porque futebol é um esporte no estádio, outro na televisão. Invariavelmente a primeira opção é melhor.

Ir a um estádio geralmente está atrelado a euforia da vitória ou a vontade de protestar. Ir pela fé, baseada em porra nenhuma, é muito raro.

Porque diabos um palmeirense perdoaria esse time do maior vexame que eu já vi um grande sofrer diante de um pequeno? A torcida do Palmeiras é chata pra cacete, exigente, parte dela até violenta. Quem esperaria que estes mesmos caras que acham na mídia parte dos problemas do clube seriam capazes de entender uma situação que ninguém mais foi capaz de enxergar como deveria?

Só eles, e por mero instinto, não por razão, conseguiram enxergar uma oportunidade de renascimento em meio a um festival de fracassos. E diante dos mais ridículo deles, reagiu diferente. Abraçou, acolheu, entendeu o que não dava pra entender.

Eu sei, eu sei. Não precisa me explicar que se o Palmeiras perde em casa na Libertadores após o jogo do Mirassol ia ter protesto pra todo lado. Mas por algum motivo eles deram 90 minutos de trégua antes do massacre.

E o massacre virou fé. E a fé, uma vaga nas oitavas.

Eu não sei bem o que está acontecendo no Palmeiras. Não vou lá, moro mais longe agora, e mesmo ouvindo os bastidores via colegas jornalistas não acredito em nada que não seja místico, fantástico, grandioso e inexplicável.

Talvez tenha explicação. Mas não quero ouvi-la, pois quando se explica se torna muito comum. Prefiro a imagem de um Palmeiras morto que entra em campo e em 2 jogos faz mais do que sua torcida esquecer da crise. Mas sim se lembrar daquele Palmeiras enorme que os moveu até aqui.

O time é fraco, as chances de conquista são bem pequenas. Títulos são momentos especiais marcados por um troféu. O Palmeiras pode sair desta Libertadores com ou sem o troféu, é indiferente.

O momento especial já aconteceu. De que forma a história vai registrar isso, problema da história.

A verdadeira história desta noite, desta vaga e deste momento do clube só os 35 mil palmeirenses que lá estiveram poderão carregar com eles.

A nós, azarados telespectadores, restaram imagens.

abs,

RicaPerrone

Atlético MG

Saldo de compra e venda dos últimos 10 anos

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Nos últimos 10 anos os grandes clubes do Brasil alternaram momentos. Alguns em profunda crise, outros nadando em ouro, mas todos ainda tendo nas receitas de jovens uma grande parte do seu faturamento.

E portanto, considerando as temporadas 14/15 até a 23/24, fizemos um balanço de acordo com os dados do Transfermark sobre o fluxo de compra e venda de jogadores de cada um dos 12 grandes.

Claro que existem salários, luvas, “compras” sem repasse ao ex-clube por fim de contrato. Mas aqui consta apenas o que é valor final e oficial.

Quanto seu clube comprou e vendeu nos últimos 10 anos?

Algumas curiosidades sobre:

  • O Fluxo de compra e venda do Grêmio, somado a resultados, nos últimos 10 anos é muito bom.
  • O Fluminense segue vendendo suas jóias e comprando pouco tendo recentemente conquistado títulos em 2023.
  • O Flamengo é uma máquina de ganhar e gastar.
  • O Botafogo tem uma divisão de base terrível. Não gera quase nada ao clube.
  • O investimento do Vasco foi quase todo feito em 22/23.
  • A temporada de maior gasto foi a do Flamengo de 19/20, com 250 milhões em contratações.
  • A maior janela de vendas também foi do Flamengo em 18/19 com 483 milhões de reais.
  • Nenhum dos 12 grandes comprou mais do que vendeu no saldo dos últimos 10 anos.

Rica Perrone

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Campeões de audiência

Oi, vô!

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Oi vô! Tudo bem? Saudades. Faz tempo que não te escrevo. Acho que a última vez foi pra contar que seu Palmeiras havia sido campeão. O que, aliás, continua sendo. Você adoraria estar aqui. 

Eu também. Poderia te levar no estádio de camarote, te apresentar os jogadores e até os ex-jogadores quem sabe. Ia ser divertido, mas você não me esperou. 

Aqui as coisas estão terríveis, vô. Na família tem gente sem se falar por causa de política. Acredita? Nem eu. 

Esse ano teve eleição. Dois candidatos muito complicados. Todo voto era justificável, embora a justificativa pro que venceu tenha sido a maior farsa da história.  “Amor”. Porra, vô! Já viu amor em assalto? Eu nunca. 

Lembra que quando eu era moleque você dizia pra mim a frase “ser homem é dizer não”? Eu demorei pra entender. Mas entendi. 

Ser homem é caro, vô.  Dá muito trabalho dizer não pra onde todo mundo quer te levar. Mas foi assim que nunca enfiei pó no nariz e nem cometi qualquer crime na vida. Falando não. Então, agradeço. Foi o melhor conselho que ouvi na vida.

Mandei um pessoal tomar no cu também, vô. Mas eu nunca fui a pessoa que o senhor conseguia ser. Então me desculpa. 

Aliás, entrevistei 120 pessoas esse ano. Foram vários ministros, chefes de polícias, artistas, músicos. Foi bem legal, vô. Eu falei com o Romário, sabia? 

Vô, o Zico me chama de “amigo”.  É muito louco isso. Mas é muito bom. 

Ah velho, tu faz muita falta. Ao ponto da minha última coluna do ano não ter tema, direção, nada. Só ser o papo que eu adoraria poder ter contigo e não dá mais. Queria que você visse minhas vitórias, me puxasse orelha pelas cagadas e me ligasse tirando sarro porque o Palmeiras ganhou.

Aliás, tem uma neta sua que virou palmeirense. Mas não vou falar o nome dela porque embora eu a adore, quero agredi-la por isso. Mas me controlarei. 

Mamãe ta bem, meu pai também. Só o Brasil que não, vô. As pessoas se odeiam, não se falam, brigam por política, destroem os outros por pensar diferente. Acho que na sua época não era tão ruim, né? 

Nem queira saber o que é isso. 

Vô, eu sei que você não vai gostar mas eu caso e separo muito. Mas eu trato elas como você ensinou, prometo. Pago a conta, faço o “carinho no rostinho” como você me disse que tinha que fazer. Apesar que hoje em dia tem umas que se você tratar bem demais elas acham que é machismo, acredita? 

Ah! To morando no Rio! Já faz 10 anos.  Não, nem começa. Não é tão perigoso assim. É bonito, gente maneira, feliz. Eu adoro aqui.  Não tem muita cantina italiana, o que é ruim. Mas tirando isso, é bem legal. 

Só é longe da Praia Grande. 

Teve Copa esse ano. Aqueles filhos da mãe ganharam.  Tem um tal de Messi, baixinho, joga parecido com o Zico. Ele é muito bom, mas nasceu lá na Argentina. E ele ganhou a Copa pros caras. Tô puto, vô! A Itália? Nem foi! Duas Copas que não vai. Acho que você ia ficar meio puto. 

Mais um ano, vô. Tô com 44 agora. Sem filhos, mas viajei muito tá? Se você tivesse aqui juro que te daria um bisneto. Só pra você ensinar os seus valores pra ele como fez comigo. 

Uma última coisa. Tão falando aqui que pode ser que você receba um cara muito especial em breve. A gente torce pra ele ficar, mas também pra ele não sofrer. Você vai reconhecer rápido se encontrar.  Não esquece de agradecer ele por tudo, porque aqui a gente não fez isso como deveria. 

Beijo, vô. Até qualquer dia. 

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Atlético MG

Classificação Planejada 2023 – #18

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Todo ano aquela tabela polêmica que mostra o caminho dos clubes pra buscar 72 pontos e brigar por título.

Pra que? Pra você saber se um caminho foi mais fácil que outro ou não. Pra entender quem jogou mais partidas difíceis em casa ou fora e portanto compreender o que a tabela lhe ofereceu até aqui.

As tabelas não tem relação entre si. Cada tabela é pensada pro clube em questão apenas.

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