São Paulo

A lista de Juvenal

0,,15936454-EX,00[1]Desde 2007, quando Juvenal começou a mudar o conceito do clube as custas de títulos de pontos corridos e gols de bola parada, me tornei “corneteiro e anti sãopaulino”.  Os tricolores odeiam o Chico Lang, mas querem um só pra eles.

Não serei. E ao não ser, viro o anti-cristo que DEVERIA defender o clube do coração e não faz.

Eu vi, ninguém me contou. Estive lá dentro e assisti de camarote a mudança de comportamento do SPFC como clube. Vi ele se tornar o mais odiado do país fora do campo, vi os dirigentes virarem celebridades, vi pularem na camera quando campeão, vi pularem do barco quando eliminado.

Não tenho uma virgula pessoal contra nenhuma pessoa da diretoria relevante do clube. Acho todos muito educados, a maioria conheço desde pequeno. Mas como dirigentes de futebol, não aprovo que se ande para trás.

Enquanto todos se livram de Dualibs, Euricos e Mustafas, o SPFC lança o seu. E não vem com o papinho de que “o Juvenal está acabando com o clube”, porque os caras que deixaram ele mandar lá são muitos dos que hoje fazem carinha de revoltados quando assistem o que permitiram acontecer.

Juvenal NUNCA foi lá com uma arma e “tomou a boca” no SPFC. Ele foi ELEITO, REELEITO e portanto o São Paulo enquanto clube, através de seus sócios, PERMITIU E APROVOU isso.

Enquanto os outros se unem o SPFC se isola.

Enquanto se tem mais e mais profissionais no futebol, o SP segue buscando o dirigente improvisado por ser sãopaulino.

O mais moderno clube do país age como em 1980, enquanto os outros andam pra frente e tentam mudar.

O São Paulo não quer mudar porque seu dono não acha que precisa. E acredite, hoje o São Paulo tem um dono.

E como todo reino tem o Rei, a corte e o bobo da corte.

O Rei se acha rei porque sempre tem mais gente puxando o saco do que seu tapete. Prefiro que não puxem nenhum deles, apenas sejam coerentes com a história do clube e com o que devemos reconhecer.

Aquele time rival que até outro dia era “da marginal sem numero”, hoje da aula pro poderoso SPFC de como agir no marketing, na formação de elenco, entre outros. Não apenas porque o futebol é dinamico, mas por culpa de quem sentou no resultado e acreditou ser Deus no que fazia.

Quase todos andaram pra frente. O SPFC andou para trás.

Nas cativas do Morumbi um monte de puxa saco que detona o presidente e a diretoria até ganhar um chaveiro e um convite pra um camarote num jogo qualquer. São poucos os que se mantém firmes em suas idéias, como em todo clube.

O diferencial do SPFC é que a oposição jamais jogou contra o clube, mas sim contra a diretoria. Hoje a diretoria joga tanto a seu favor que esquece do clube.

Não tente achar que insinuo qualquer grande novidade ou denuncia. Não faço isso, não é minha linha. Pelo contrário, estou meramente dizendo que o SPFC não é mais o diferente. Virou comum, como todos os outros.

Comete os mesmos erros, com o diferencial de ter uma soberba em seus discursos que ajuda na sua rejeição.

Até unir rivais contra a filosofia da base tricolor conseguiram.

Um dos clubes que mais pega empréstimo nos útlimos anos entre os grandes.

E acham que está tudo certo.

Não me interessa o João Felipe, o Canete ou o Fabrício. O SPFC foi campeão com coisa bem pior e só porque a bola entrou era maravilhoso. Futebol se analisa dentro e fora do campo sem grande ligação.

O sãopaulino acreditou que cada bola parada que entrava numa trombada do Aloísio era mérito administrativo de uma mega diretoria. Nunca achou, porém, que o Vasco era mérito do Eurico quando campeão.

Mas coerência e paixão não andam juntas, natural. Hoje, quando a bola não entrou, todos passaram a ver o que os gols não deixavam.

Nada é novidade. Desde 2007 a filosofia é essa. E inclusive muitos dos que hoje saem detonando o clube estavam juntos nesse período tirando foto e comemorando.

A bola parou de entrar, teve muito malandro pulando do barco pra virar oposição.

Se entrar de novo, voltam. E isso não tem a ver com ser ou não sãopaulino.

Tem a ver com o fato do SPFC ter sido sempre um clube diferenciado. E hoje é comum, igualzinho a maioria.

Clubes comuns devem se contentar com resultados comuns.

“Eu quero meu SPFC de volta!”, dizem os tricolores virtuais e suas frases de efeito.

E não quis quando já “sequestrado” há alguns anos porque?

A elminação na Libertadores não me  diz nada.  Achar que os últimos 6 anos do clube tem a ver com a expulsão do Lúcio é tudo que eles querem que seja visto. Até porque, quando a bola entrar daqui a 2 semanas, os 6 anos terão sido maravilhosos de novo.

Não se engane. Isso é apenas revolta pela derrota de quarta-feira. Se vencer 5 jogos no Brasileiro e o Corinthians na Recopa, Juvenal se torna “uma charge”, o Ney um gênio e o SPFC volta a falar do Reffis como quem fala do Pelé.

abs,

RicaPerrone

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