É mais justo
Eu ouço o discurso repetido que defende o formato de pontos corridos, atualmente na UTI, e tenta fazer com que ele não seja devidamente sacrificado. Falam em “mais justo”.
E eu pergunto a você, torcedor, se em algum momento você parou pra olhar o critério de “justo” no final da tabela e avaliou se os jogos finais, os que decidem, são de fato “justos”?
Estive observando. Alem dos entrega-entrega de todo ano, como é justo que um time faça 38 jogos duros para, por exemplo, não cair, enquanto outro no final pegue 3 times de férias e portanto ganhe 9 pontos que o rival não teve de presente?
Onde é justo por exemplo que o rebaixado enfrente o Cruzeiro 2 vezes com força total enquanto outro pode fechar o ano jogando contra ele de férias?
Cadê aquele discurso de “todos contra todos e o melhor vence”?
Claro, venceu. Como outras vezes não. E como obviamente se tivesse mata-mata no fim o campeão teria mudado em pelo menos 50% das vezes. Pouco importa. O ponto é outro.
Como pode ser mais justo que o Vasco decida seu rebaixamento contra 2 times de férias e o Bahia com 4 confrontos diretos, por exemplo? Quem determinou, portanto, que houve 38 rodadas num mesmo nível de dificuldade para ambos e cai o pior?
Olhe a tabela. Faltam 5 determinantes rodadas. Veja quantos times “de férias” vão decidir vagas, rebaixados e crises por ai. E me diz, então:
É mais justo que confrontem 2 times dentro do mesmo interesse pra determinar o resultado final ou que ele seja determinado pela sorte da tabela empurrar times desinteressados, de férias ou dispostos a entregar jogos pra resolver o campeonato?
Será mesmo que o formato está na pauta dos dirigentes e patrocinadores com enorme pressão pra voltar ao mata-mata se ele foi tão “interessante” assim nos últimos 10 anos?
abs,
RicaPerrone