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A troca

Não há nada mais insuportável pra um jornalista, especialmente os que comentam, do que ter que dizer “não sei”.  Por vocação, arrogância ou mera teimosia, sabemos tudo, sobre tudo, o tempo todo.

Não precisa terminar a frase.  Se me disser que “O Pato foi para o…”, ja tenho uma avaliação pronta para te dar. Normalmente com aquele ar soberano de quem nunca chutou uma bola mas se diz íntimo dela.

Pois bem, eu sou como todos eles.  Desde ontem já tive umas oito conclusões sobre o fato e  já decretei o insucesso do negócio, ao menos para um dos lados.

Mas a troca entre SPFC e Corinthians diz mais do que um negócio entre clubes. Insinua uma reaproximação de dois clubes rivais que por burrice, vaidade ou idiotice pura se tratam como inimigos.

Pato não serve cá, mando pra lá. E vice-versa. Assim deve ser o futebol.

No muro, não fico. Nunca fiquei.  Acho que Pato é um jogador com salvação, assim como acho Jadson mal aproveitado no SPFC.  Talvez novos ares faça bem a ambos.

Melhor pra quem? Eis a questão, já que no futebol não se permite mais algo que não tenha um “perdedor”.  Estamos sempre em busca daquele que “se fodeu”.

Mas, talvez, nenhum deles.  É claro que o Corinthians tem um risco de lucrar com isso maior. Até porque, investiu mais, e portanto também tem o risco de ter um prejuízo maior.

O SPFC, que nada tinha com isso, desencosta um jogador e preenche o time de, pelo menos, expectativa.

Pato é um daqueles jogadores que podem passa a vida sem jogar mais nada. Sempre haverá expectativa pelo que já jogou e principalmente, pelo que esperamos um dia vê-lo jogar.

Pato não é o problema do Corinthians, nem Jadson o problema do SPFC.

A solução, talvez.

Tá bom. Vocês venceram. Eu assumo:  “Não sei o que acho sobre isso”.  Ainda.

abs,
RicaPerrone

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