Seleção, não
Hernane é o rubro-negrismo em forma humana. Sem tantos recursos, vai na base da luta, do “deus me livre” e consegue se destacar através do inexplicável.
Todos sabem que sua condição técnica é bastante questionável ao terceiro toque na bola. Mas está lá pra fazer gols, e faz.
Então, ão ão ão, Hernane é seleção.
Não, não é não.
E porque não?
Porque a seleção brasileira representa o que há de melhor tecnicamente no futebol, ainda mais em suas posições de ataque. Não buscamos alguém que “pode ser útil”, mas sim alguém que “pode ser brilhante”.
Futebol não é momento. Se fosse, mudaria o time toda semana e em 6 meses todos os que acham isso questionariam: “Mas como vai ter um time se troca toda hora?”.
Futebol é muito mais do que uma fase. Hernane tem um puta valor, é um sujeito pelo qual torço muito e honestamente nem acho espantosa sua possível convocação, já que traria pra perto da seleção a maior torcida do país.
Mas não concordaria com ela na parte técnica.
De Careca, Romário e Ronaldo passamos por Adriano e desde então procuramos alguém que possa ser diferente. Fred não é craque, mas é diferente. Longe dos citados, mas hoje, o melhor que temos.
O pedido por Hernane é apaixonado, apaixonante, parte de um Fla-Flu, já que ele busca a vaga do único tricolor do time.
A seleção brasileira não é um time de futebol. É uma referência no futebol.
E o Hernane é um caso de “grande momento”, não de um “grande talento”.
abs,
RicaPerrone