Sem teatro
Felipe não é Barrichello. As condições são parecidas mas a postura não.
E não vou medir muito as palavras para tentar separar os dois. Enquanto Rubens assina e se faz de vítima, Massa não fazia teatro. Porém, ambos escolheram a mesma condição. A de figurante.
O recorde de Barrichello em Gps disputados diz, pra muitos, que ele é um grande nome do nosso esporte. Pra mim diz que foi o cara que mais tentou e não conseguiu. Um esportista do qual sinto vergonha. Do Massa, não.
Felipe é menos piloto que Rubens. Mas quando entregou, o fez sem teatrinho. Quando resolveu peitar, o fez da mesma forma.
Nós sabemos que sua condição na Ferrari era de segundo piloto. Ele também sabia. Na Williams, não. E por coerência, optou por desobedecer e estabelecer limites dentro do seu ambiente de trabalho.
Felipe é muito mais piloto hoje a noite do que era quando acordou.
Não tenho nenhuma ilusão que aos 32 anos “surge um campeão”. Isso é bobagem, tentativa de vender um produto que perde audiência ano após ano. Mas surge, sim, um respeitável sujeito que não nos enganou.
Não se fez de coitado quando optou por ser coadjuvante, nem vilão quando resolveu ser competitivo.
Não ganhamos um campeão. Nem um ídolo. Mas um cara pra torcer domingo que vem.
abs,
RicaPerrone