Os números não mentem
Existem 3 formas de ver um jogo de futebol. A que só enxergamos nosso time, a que vemos sem torcer e a que os números mostram. E acredite: A terceira é a menos importante no futebol.
É claro que todo atleticano vivo só está ponderando as chances que o Galo não criou, como se não houvesse ninguém do outro lado. O Atlético Nacional não é um timinho. Portanto, olhando pros números do placar, o resultado é até bom.
Olhando pelas chances criadas, idem. Podia ter sido pior.
Mas num jogo agradável de assistir, que a bola não parava um segundo, com os dois times tentando jogar com velocidade e apenas um deles conseguindo dar o último passe, não vi um Galo tão terrível assim.
Porque das 25 finalizações do Nacional contra as 2 do Galo, a mais perigosa do jogo foi dos brasileiros, aos 39 do segundo tempo. E ali, se entra, os hoje cobrados por raça e pelos números do jogo seriam apenas “heróis”.
Isso é futebol.
Talvez a curta memória tenha feito os atleticanos esquecerem do que se sofreram pra chegar ao título em 2013, em alguns momentos jogando até mal. Acontece, é Libertadores.
Mas não consegui enxergar tantos defeitos assim além do último passe. Este, o mais notável e urgente.
Por diversas vezes o Galo foi com a bola em boas condições no ataque, mas se precipitou. A bola ficava com o Nacional porque o Galo devolvia muito rápido, tentando sempre a jogada mais direta.
Tem volta. 1×0, vocês jogam aqui.
Não vai ser fácil porque não pode ser fácil. Se perder, discute-se mil defeitos e procuram vilões. Enquanto vivos, respirem. E se as cobranças forem maiores que a fé, quarta-feira que vem não será uma noite bem dormida.
Dá pra virar.
abs,
RicaPerrone