14 paus. Este é o preço do jogador que começou a carreira como piada pelo nome, foi confirmando pelo futebol que apresentou até encontrar no Palmeiras da série B e do estadual 2014 um espaço que nunca conquistou em lugar algum.
Alan Kardec é um centroavante alto, tem apenas 25 anos, todos os argumentos a seu favor no que diz respeito a uma evolução natural que justifique uma mudança de status. O São Paulo vai pagar os 14 milhões para ter mais um atacante em seu elenco.
É um tanto quanto curioso como os mesmos dirigentes que desmerecem um jogador passam a pagar milhões por ele anos depois. Quem diria? Alan Kardec, aquele.
Se fosse presidente do SPFC não o contrataria porque o time já tem 4 atacantes e não precisa de mais um, ainda mais por este valor, que vem pra querer jogar e não pra esquentar banco.
Nem acho que o futebol apresentado pelo Kardec seja digno de mais do que 4 ou 5 milhões. Imagine 14. Mas adoraria estar enganado e estarmos diante de um raro caso de um grande jogador que não se firmou até os 25 anos e de repente começa a fazer a diferença.
Entre acreditar numa boa fase e no histórico, sei não. Acho que fico com o histórico.
Nas mãos de Muricy Kardec pode render ainda mais e o SPFC ainda menos. Tudo que Muricy não pode ter nas mãos é um cruzador e um jogador alto. Se tiver, o time dele não faz nada além disso. Até funciona, mas é duro assistir.
O desproporcional valor da compra gera dúvidas. A postura do Palmeiras em perdê-lo por 20 mil a mais do seu teto salarial, não. Se pra muitos é “perda”, pra mim é um recado importante de nova filosofia. De que o clube não quer fazer mais loucuras pra viver endividado.
Afinal, os mesmos que pedem que ele esteja “em dia” são os que pagariam acima do teto salarial e “foda-se”? De que lado estão, afinal?
Quem é Alan Kardec? Um craque de 14 milhões escondido até então ou um jogador comum em grande fase?
A segunda opção é mais provável. Eu não pagaria 14 milhões num jogador como ele, ainda mais não sendo esta uma posição carente em meu elenco.
abs,
RicaPerrone