Eu não jogo xadrez porque não sei. Se tentar, vou cometer erros estúpidos que não se justificam a qualquer pessoa com alguma dose de conhecimento no assunto.
Jayme entrou em campo buscando ser o melhor treinador do país. Assim como Muricy fez ontem, tentou usar um esquema com 4 jogadores de frente e nenhum pra levar a bola até eles. Assim como Muricy, precisou estar perdendo para colocar um meia e arrumar a própria bobagem.
Futebol é simples. Eles é que complicam pra justificar as fábulas que ganham.
Qualquer time com esta formação perderá o meio campo pro adversário. Valdívia, com espaço, deitou e rolou. 2×1, fácil demais andar naquele meio campo onde as camisas brancas eram maioria absoluta.
Aí vem o segundo tempo e o treinador corrige a tentativa de criar um novo conceito de como jogar futebol. Volta pro simples.
O Flamengo empata, vira, goleia.
Kleina não consegue fazer nada para tentar sair da situação que o Flamengo o colocou. A moleza de ter o meio campo todo pra ele virou um nó quando os 3 “atacantes” do Flamengo passaram a receber a bola pelo chão.
O Palmeiras parecia completamente incapaz de sequer arriscar uma jogada para mudar a situação. Constrangedor. Mas em 45 minutos passou de protagonista da rodada a goleado e em crise.
Mugni não é um gênio e em momento algum a formação do Flamengo está atrelada a sua qualidade. Ninguém joga com 4 atacantes e nenhum meia sem estar apostando claramente no bico pro alto.
Isso não é estratégia. É desespero.
Ninguém pode entrar em campo desesperado. Só sair dele.
Não há futebol sem criação. Há algo parecido que eventualmente até funciona. Mas futebol, não.
abs,
RicaPerrone