Um Cruzeiro comum
O Cruzeiro foi a campo disputar uma partida de futebol por isso não saiu classificado. Também não perdeu a tal partida, é verdade. Mas não bastava, como não bastou entender o jogo de hoje como “mais um jogo”.
Não vou cair no clichê de “Libertadores é Libertadores”.
Mas é, porra!
Mata-Mata é um tipo de campeonato que requer mais do que um time ajeitadinho e melhor que o adversário. É preciso “algo mais” e o Cruzeiro não teve este algo mais em nenhum momento da Libertadores, muito menos hoje.
Aliás, mero replay da Copa do Brasil do ano passado, onde o time jogou como se fosse “mais um jogo” e ficou de fora.
Aos 30 minutos do segundo tempo o Cruzeiro entrou no jogo. Era tarde, muito tarde. Em momento algum nos 2 jogos o San Lorenzo quis jogar bola. Argentinos quase nunca querem jogar bola.
Tem “sangue de barata”, talvez pelo parentesco, enfim. Mas fato é que eles esperaram um Cruzeiro que não foi. Facilitaram o trabalho dos caras numa noite que começou errada e terminou mal.
Cem reais pra ver o Cruzeiro numa decisão. Perde-se parte do Caldeirão, afasta-se torcedores comuns, mas ganha-se dinheiro. Pra que? Pra montar o time e “voltar” pra Libertadores.
Uma lógica não muito simples.
O que fez o Cruzeiro disputar Libertadores pelos 20 minutos finais de jogo não foi o gol, nem a torcida, nem a expulsão. Foi o lance do Fair Play, brilhante, diga-se.
Fair Play é algo que demonstra lealdade no esporte. Fair Play contra argentino é atestado de otário em quase todas as oportunidades. O sujeito se jogou no chão pra ganhar tempo na substituição, e isso é honesto?
Fair Play é o caralho.
Ali, naquele empurra-empurra, o Cruzeiro sentiu o jogo e o que foi fazer no Mineirão.
Tarde demais.
Ainda assim, aplausos. Inteligentes aplausos que podem evitar um ar de “tragédia” e ajudar a conquistar o Brasileirão.
Até porque, é por pontos corridos.
abs,
RicaPerrone