Se perdoa os erros do arbitro que quase mudaram o resultado de um clássico. No caso, apesar do pênalti mal marcado, o maior dos vilões foi o bandeira, que parou diversas jogadas que poderiam transformar aquele sonolento jogo de futebol em algo mais interessante.
Não se pode esquecer e perdoar o que este mesmo São Paulo fez na quarta. E não, não vem com “Sulamericana” porque de todos os grandes que perderam o único sem crédito pra isso é o Tricolor, afinal, Penapolense e Ponte Preta não levava o time a lugar algum. Levava?
E o Palmeiras? Que me perdoe sua história e tradição no mês do centenário, mas é inaceitável o futebol praticado. Pobre de técnica, de tática e de espírito. Vulnerável atrás, inoperante na frente.
Quem perde o gol que o Palmeiras perdeu, mesmo impedido, aos 41 do segundo tempo não pode sair do campo reclamando de nada. Enquanto Kaká, Ganso e Pato esperam uma bola que venha voando sem direção, os atacantes do Palmeiras não esperam quase nada.
E quando tem, meio que na base do “deus me livre”, não sabem o que fazer.
A diferença? O time do Palmeiras pode olhar pra si mesmo e tentar jogar por uma bola. É fraco, carente em diversas posições e não tem qualidade para propor ter a bola na maior parte do jogo.
O do São Paulo, vencedor da tarde com notável ajuda do goleiro rival, tem time pra tocar, fazer bonito e ser ousado. Mas não quer.
Perdoáveis falhas do goleiro que, ainda garoto, pode aprender com elas. Tal qual as falhas milimétricas do bandeira num jogo complicado.
Imperdoável, pra mim, é o futebol apresentado por ambos. Ou, pra um deles, a troca de clube de um ex-candidato a ídolo. Para outro, talvez, a eliminação pro Bragantino. Mas é detalhe. Na real, quando se ganha um clássico perdoa-se tudo.
Até mesmo o imperdoável futebol apresentado.
abs,
RicaPerrone