São Paulo

Se ele diz que sim, quem somos nós pra dizer não?

Perguntado sobre sua condição, Ceni diz que pode jogar mais um ano. Renova, desmonta a patrocinadora de camisa, mantém o clube com um grande ídolo em campo e o campeonato com um ícone raro.

Como eu posso achar ruim ter Rogério Ceni em campo por mais uma temporada, ou meia, que seja?

Eu? Teria parado com a taça na mão em 2012. Aos 40, tudo conquistado, ídolo eterno e com a imagem mais brilhante possível de um caneco nas mãos.

Ele? Vai tentar parar campeão do mundo.  Não sei exatamente se ele é maluco, confiante ou arrogante. Sei que ele é uma lenda e eles escolhem quando acabam, não nós, meros mortais.

Adoraria escrever um post cheio de opiniões sobre a aposentadoria do Ceni. Mas, pensando por um segundo…  quem sou eu pra avaliar a cabeça e a condição física do maior jogador da história de um clube de 15 milhões de torcedores, um dos maiores do mundo?

Com que diabos de lógica eu posso desenvolver e taxar um “sim” ou “não” diante de uma situação onde eu acho que ele, Ceni, só tem a perder?

Se eu mesmo acredito que os grandes são os que se arriscam e que a vida não faz sentido algum se planejada mais do que sentida, porque eu contestaria a idéia clara de ser ainda maior no que faz?

Ceni tem tudo. E quer mais alguma coisa.

Que espécie de apaixonado por esporte pode não admirar, no mínimo, a coragem dele em se expor dessa forma por míseros 6 meses?

Não é por grana. Não é por marketing. É por vontade de ir além.

Pois então vá. E se não der, volte. Mas é melhor voltar de cabeça baixa do que ter ficado pra dizer: “eu avisei”.

Boa sorte, meu capitão!

abs,
RicaPerrone

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