O “eixo” prefere os pontos corridos
É mais uma mentira bem contada do futebol. Repete-se tanto em Minas que os pontos corridos diminuem as chances do “eixo RIO SP” “roubar” e manipular os resultados, que por isso o preferem.
Pois fui lá ver. Na verdade eu busco argumentos que defendam essa bosta de formato e não encontro. Mas sigo tentando entender o único espetáculo de entretenimento que tem por conceito um final melancólico e discutível sobre sua integridade.
A Copa do Brasil é disputada em mata-mata puro, sem nem a primeira fase. Nela, das 26 edições, 50% dos campeões foram times de fora do eixo Rio São Paulo.
No Brasileirão de mata-mata, 32 edições, 9 vezes o campeão foi de fora do eixo. Interessante notarmos que o “eixo” representa 67% dos times grandes do Brasil, considerando 12.
Ou seja, os torneios em mata-mata dão consideravelmente maior margem a times de fora do eixo a possibilidade de conquista-lo.
Nos pontos corridos, pasmem, foram 12 anos e apenas 3 títulos. Mas destes, apenas um time ganhou os 3. O restante foi distribuido entre clubes do eixo.
Em média, nos torneios mata-mata os times de fora do eixo ficam com 39% dos títulos. Nos pontos corridos, 25%.
E olha que estou sendo tão bonzinho que nem coloquei o Sport como campeão de 87, considerando fatos e não papeis.
Então, meus caros mineiros apaixonados pelo sistema, criem outra teoria. Essa, caiu.
abs,
RicaPerrone