Quarenta e cinco
Por 45 minutos o Botafogo insinuou um time sofrível ao seu torcedor. Mais do que pela parte técnica, pela incrível incapacidade de raciocinar com a bola nos pés.
Um festival de chutões pra frente, numa louca vontade de resolver a partida num lance rápido. Renê gritava para que eles tocassem a bola, mas não é um jogo de video game. Eles tinham que ouvir, não bastava Renê gritar.
Veio o intervalo e outro Botafogo voltou a campo.
Este sim, sem dar bico pro alto, tocando pelo chão e arriscando dribles pelas laterais do campo. Um festival de gols perdidos, um sufoco em cima do Boavista e uma boa atuação.
Podia ter sido 3×0, mas dificilmente será enquanto o Botafogo cometer o erro de colocar duas certezas de mediocridade em campo.
Quando você não pode comprar o que quer, ao menos arrisque. Trazer dois atacantes mediocres sem perspectiva e já lá perto dos 30 anos não tem sentido. Ou arrisca em dois garotos ou contrata alguém resolva.
Dá pra pagar? Não. Então arrisca, pô!
O Botafogo não tem um time sequer a altura de sua camisa. Mas teve, hoje, vontade e futebol suficientes para ser uma vitória que poderia ter sido maior. Mas pra estréia, tá bastante aceitável.
Gostei.
abs,
RicaPerrone