Estádios novos e próprios. O maior número de sócios torcedores do país, o Inter com um time invejável sem ganhar os 200 milhões da Globo, e o Grêmio se reerguendo aos poucos após anos de má administração.
O clássico que mais envolve “ódio” no país, disparado. Porque tem política, peso social, e mais uma duzia de motivos que fazem do Grenal muito mais do que um jogo de futebol. Mas no fundo, pro que importa, ele deve ser tratado desta forma.
Apenas um jogo de futebol.
E como entretenimento, em pleno 2015, é fundamental que seja direcionado a seres humanos e não a pessoas desequilibradas incapazes de viver em sociedade.
O futebol nos tira do eixo. Mas não pode nos mudar a índole. Se você é um sujeito de bem que sabe rir num bar com amigos rivais num fim de tarde qualquer, não vai se transformar num marginal que quer matá-los domingo. No máximo quer ganhar deles.
Haverá 2 mil ingressos para torcida mista no Grenal. Um passo a frente na mesma hora em que todos andam para trás. Uma atitude de 2 clubes que conseguiram conversar como gente grande e não colocar suas pequenas necessidades acima do futebol.
Não há Grêmio sem Inter. Não há Inter sem Grêmio. E se houver, nenhum deles será grande. Pois a grandeza de um clube está diretamente ligada a grandeza de seu grande rival.
A mídia, que adorou pisotear em Porto Alegre quando Aranha foi alvo de uma duzia, hoje ignora o contraponto ao clássico paulista onde tentaram impedir pessoas de se cruzarem nas ruas por futebol. Os times do Sul hoje buscam o que todos deveriam buscar.
Sócios, bons times, união, inteligência e colocar o futebol acima do clube.
É o primeiro Grenal da história que tem dois vencedores.
abs,
RicaPerrone