Fluminense

Consciência coletiva

As coisas mudaram. O Fluminense não é mais o time do patrono rico que compra, compra, compra e a torcida vai lá cobrar dos medalhões. A torcida também não é mais aquela apática de anos atrás que foi reinventada na Libertadores de 2008.

Mas hoje no Maracanã alguma coisa ficou fora de sintonia.

Veja você, torcedor. O adversário esperou 28 anos por este jogo. Não seria fácil.

Teve um cara expulso e a partir de então teve alvará pra abrir mão de qualquer tentativa ofensiva e colocou 9 caras atrás da linha da bola, meramente buscando um zero a zero.  Em 90 minutos o Fluminense não deu um chutão, não fez “abafa”, em nenhum minuto do jogo usou a tática “vamo lá, porra!” e esperou.

Tocou, tocou, como adoramos ver os gringos fazendo. E o ótimo público do Maracanã não reagiu bem. Não entendeu que o Giovanni não vai melhorar com vaias e que esculhambar um menino de 19 anos não ajuda em nada. Pelo contrário.

É muito constrangedor um time fazer a partida de paciência que o Flu fez, que em 45 minutos sequer cometeu faltas, criou chances, e ter que ver um treinador virar pra torcida e discutir com ela após o gol para pedir que parem de vaiar um garoto.

Aquele Fluminense dos caras que ganham 800 mil e portanto tem obrigação de jogar muito acabou. E é hora de todos verem isso com clareza.

O que vi no Maracanã hoje foi um time organizado, calmo, inteligente, que não teve um chute contra seu gol, que fez pouquíssimas faltas e que buscou o gol sem bicão e com organização por 90 minutos, merecendo até mais do que o placar do jogo.

Algumas pessoas viram outra coisa. O “drama” que estas pessoas prevem pro Flu em 2015 eu não consigo ver.

Acho o time bom, cheio de apostas mesclando com realidades incontestáveis e que se um deles explodir, briga lá em cima. Mas não, nem se nenhum deles vingar, acho que o Flu briga pra não cair.

O apocalipse tricolor é muito mais fruto de uma parte exigente e mimada da sua própria torcida do que dos fatos.

Seja sócio torcedor, vá ao estádio, e seja a Unimed do Flu. Ou seja o Conca e vire as costas.

abs,
RicaPerrone

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