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O fim

E chega 8 de julho de 2015. Um ano após nossa grande derrota, enquanto a mídia se delicia com tragédia, o Maracanã é palco de outra. Na minha opinião bem maior, inclusive.

Eurico Miranda, o oitavo gol da Alemanha, resolve brigar pelos seus “direitos” e não entende que em 2015 há diferenças logísticas do que foi acordado em 1903.  Mas não me espanta.

O que me deixa maluco é ver a CBF concordar com o assassinato do que resta de nós. O Maracanã é o último lugar dessa merda toda que as torcidas dividem o estádio num clássico. Onde podem sentar juntos e dividir o mesmo metrô pra ir e voltar.

É o que sobrou de um futebol não tão estúpido como o atual.

Eu vejo vascaínos contra e com medo de se posicionar contra o próprio clube. Vejo tricolores cheios de raiva, rubro-negros e botafoguenses ignorando a decisão que pode determinar o fim do último espaço democrático do futebol brasileiro.

O Maracanã se posicionou contra. Porque qualquer sujeito de bom senso sabe que é tempo de colocar o interesse do futebol acima da vaidade política. O que não sabemos é que ou vendemos nossos clubes ou seremos sempre vaidosos torcedores de terno e gravata brigando por ego.

Chega. Infelizmente não dá mais. É hora de encontrar uma forma de vender os clubes do Brasil por dinheiro. Transformar isso num arrogante cenário capitalista e que se foda as consequências culturais.

Entre um clube que não é mais meu e um clube que não me representa, fico com a primeira opção.

abs,
RicaPerrone

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