Heróis, vilões e noites sem fim
Talvez o palmeirense mais otimista do mundo não terminasse o primeiro tempo falando em goleada. Era 1×0 pro Flu, uma partida “controlada” pelos cariocas e um Palmeiras pouco inspirado.
E o futebol, aquele mesmo do 3×3 no clássico, resolve transformar um jogo comum num marco para dois clubes.
O que seria do Palmeiras se perdesse, sei lá, por 2×1 do Flu no Maracanã? E o Flu, que jogando pouca coisa ganhando em casa de 2×1, não empolgaria e nem mudaria os rumos.
Mas quando Fred perde o pênalti o jogo se transforma. O Palmeiras empata, o Fluminense surta, o Palmeiras cresce, as bolas começam a entrar.
Uma sequência de erros comuns em times que jogam a toalha transformam uma virada numa goleada. Um Palmeiras pouco convincente em promissor e um Fluminense que andava em crise numa tragédia.
Cai técnico, surgem heróis do outro lado. Vida que segue, bola que rola.
O Fluminense está perdido há mais de 10 rodadas. Venho repetindo aqui que mesmo ganhando não estava bem, e que quando a bola parasse de entrar seria complicado esconder o futebol apresentado.
Culpa do Enderson? Nào sei só dele. Mas não tem mais ambiente.
E o Palmeiras, que as vezes some, as vezes brilha, hoje se aproveitou impiedosamente do fundo do poço adversário para brilhar mais forte do que se podia imaginar.
É o futebol fazendo o herói ser vilão, o reserva ser herói, o time sensação em crise e a madrugada não ter fim nas Laranjeiras.
abs,
RicaPerrone