Como será o amanhã?
…Responda quem puder.
O que irá me acontecer?
O meu destino será como Deus quiser”
Vazio.
Assim ficarei as 23h desta sexta-feira 11, que por uma indelicadeza do calendário não é 13.
Eu sempre fui o centro das atenções. Mas por uma vida eterna sempre me quiseram derrotada e não defendida. Nasci pra ser alvo, fui odiada sempre que não me atingiram.
Muita gente tentou me defender, mas embora eu já tivesse sentido o prazer de ser também protegida, nada se compara aos anos de glória que passei ao seu lado.
Você mudou meu valor. Disse ao mundo que quem ao meu lado fica não apenas evita como também realiza. Dá pra ser protagonista perto de mim.
Mesmo tendo feito boa parte do seu incrível sucesso me deixando sozinha, eu entendia que era pra retornar mais forte. Você nunca demorou a voltar.
Sabe, nós nos falamos pouco. Sou quieta, mas você me entende. E pelo olhar, quantas vezes nos agradecemos por um salvar o outro nessa longa jornada.
Achei que passaria esses anos todos ao lado de outro. Já estava apaixonada, flertando descaradamente com aquele negro de futuro promissor mas quis a vida que fosse você.
Ainda viúva de um casamento quem nem começou, te encontrei e demorei pra entender porque diabos eu deveria amar um parceiro que me usava para se promover. Porque aquele que me defende ora ou outra me agredia?
De que lado você estava, afinal?
Demorei. Mas entendi que seu lugar nunca foi exatamente ao meu lado, nem a minha frente, menos ainda dentro de mim. Quem você realmente amava era aquele que esteve literalmente ao meu lado esse tempo todo e eu não percebi.
Talvez você tenha se aproximado de mim meramente pra ficar mais perto dele. E mesmo na condição de uma “garota de recados” dessa relação, você me fez muito feliz.
Agora você já o tem todo pra você. E eu vou ficar aqui pra tentar encontrar um novo amor que, se não pode superá-lo, que ao menos me faça aguentar a dor de ter te perdido.
Vai com Deus, meu capitão! Obrigado por tudo.
“E vai chegando o amanhecer
Leio a mensagem zoadiacal
E o realejo diz
Que eu serei feliz, sempre feliz”
Eu te amo,
Ass: A trave do Morumbi