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Fórmula 1

Não mexe em nada não…

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Não me lembro se um dos meus avôs ou se meu pai que falou isso algumas vezes. Mas quando eu chegava numa casa organizadinha, tudo limpinho, a primeira coisa que ouvia era: “Não mexe em nada não…”.

Pra que o risco de estragar se está tudo certo? A F-1 não entendeu nada.  Viu heróis ganharem corridas de ponta a ponta, viu equipes disputarem campeonatos internos e nada disso fez dela uma categoria pior. Ao contrário, raros foram os anos onde o campeão tinha uma adversário de outra equipe com carro semelhante.

Também gostaria que fosse mais equilibrado. Mas esse equilibrio não precisa e nem pode ser forçado.

Foram tantas mudanças de 2000 pra cá que acho que a própria evolução da categoria foi prejudicada.  Um festival pra impedir as Mc Laren, outro pra impedir Schumacher, outro pra tentar parar as Brawn, depois as Red Bull, agora as Mercedes.  Nenhum efeito prático que não a descaracterização do que já era um sucesso.

Não vou mentir que acho a idéia do ibope cair no Brasil preocupante. Brasileiro não gosta de esporte, gosta de torcer. Com o que tem lá hoje não dá pra torcer muito, então, não assistem.

A idéia do treino não é ruim. Mas na prática foi.

As vezes todos os nossos discursos do que fazer não funcionam na prática. A diferença é que a F-1 tem como saber se funciona, nós não.

Agora eles sabem.  Mas vão criar uma fórmula e mante-la por anos? Não. Vão remediar a falta de disputa da Mercedes. E amanhã, quando a Ferrari passar, eles mudam de novo.

Até que morram abraçados num dos melhores produtos esportivos do mundo.

abs,
RicaPerrone

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Nosso Hamilton

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Fórmula 1

Formula 1 e Libertadores saindo da Globo? É pior pra Globo ou pro evento?

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Formula 1 e Libertadores saindo da Globo? E se sair, é simples assim a troca por outra emissora? É pior pra Globo ou pro evento?
 
https://youtu.be/HZv393lq-vE
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Fórmula 1

Aos jovens brasileiros

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Se você tem perto dos 20 anos, não acredite em super heróis.

Quando seu pai, tio, avô ou alguém mais velho tentar te explicar algo sobre Ayrton Senna, conteste. Duvide como você sempre duvidou dos poderes do homem-aranha, por exemplo.

Não aceite ouvir dizer que algo tão valioso passou enquanto você já era vivo mas não podia perceber.  Ou que por alguns anos perdeu o privilégio de ter vivido naquela época.

Se você não entende o endeusamento a um simples piloto, não tente.  Esta geração, infelizmente, é incapaz de saber do que estamos falando simplesmente porque desde então o mundo nunca teve algo parecido.

No esporte, na música, no teatro. Onde for. Há 26 anos a humanidade sobrevive sem um super herói.

Super herói é aquele cara que faz algo que os outros não podem fazer. Aquele que quando termina sua missão gera prazer, alívio e uma incrível sensação de superioridade.

“Como ele faz aquilo?”, é a pergunta que sempre aparece após uma atuação do super herói.

Talvez você não possa imaginar porque diabos seu pai ainda para em frente a tv domingo lá pelas 10 horas pra “dar uma espiada” em quem está na frente.  Coisa rápida, ele nem gosta de F-1. E nem precisa.

Ele nunca ligou a tv desde 1994 pra ver quem estava ganhando. Na verdade, nenhum de nós nunca fez isso. Apenas olhamos para tentar acreditar que acabou. Como que confirmando uma lenda para poder continuar o domingo sem esperança de se sentir mais orgulhoso e brasileiro naquele dia.

Ayrton foi o cara que fez na pista o que alguns outros já tinham feito. De uma forma, porém, que nunca mais ninguém ousou fazer.  E não, não pense que sou daqueles saudosistas idiotas que acha que nunca mais pode haver alguém melhor que ele.

Pode! Se bobear até já teve.  Mas como ele, não. Nunca mais.

Ayrton era o tapa na cara de todo domingo de manhã. O cara que dizia, com aquela bandeirinha imortal, que você podia continuar seu dia mais feliz, forte e orgulhoso. Que aquele país que vivia na merda em meio a mil problemas não era só uma merda.

Era, também, vencedor.  E portanto, “éramos”.

Senna foi meu super herói. Por isso não acredito em nada que vi naquele 1 de maio, há exatos 22 anos.  Eu ainda ligo a tv toda semana pra procurá-lo no grid, para ver a bandeirinha no alto, a música, o meu pai aumentando o volume as 10h45 e dizendo pra casa toda: “Vem ver! Ele vai ganhar!”.

Não se trata de F-1, meus caros. Nunca se tratou.

Senna foi o espelho do que o brasileiro sempre quis ser e nunca conseguiu. Um vencedor, o copiado e não o copiador. O invejável. O exemplo.

Ayrton não é algo que eu possa explicar a quem não assistiu ao vivo seus super poderes. Mas posso pedir que entendam as lágrimas dos mais velhos neste domingo e não tentem menospreza-la como hipocrisia ou frases como “era só um piloto”.

Senna pode ter sido qualquer coisa. Menos “só”.

abs,
RicaPerrone

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