A dura missão de avaliar estaduais
Analisar futebol não é uma das profissões mais difíceis do mundo. Pelo contrário, é uma das mais simples e que não exatamente cobram qualidade por parte do analista, desde que dê audiência.
Eu gosto, mas de janeiro a maio, é difícil.
Os jogos são toscos, a motivação dos times grandes beira a má vontade, os torcedores não vão aos estádios e embora seja previsível o resultado, ele precisa de análise. E a análise não pode ser feita por falta de parâmetro.
O Flamengo que joga mal contra o Madureira é contestável porque “não pode jogar mal assim”. E quando goleia “um Madureira” qualquer, “não fez mais que a obrigação”. E então?
Onde termina o dever e começa o elogiável/contestável?
O que quer dizer o campeonato estadual a um time grande num futebol que cada dia mais estrutura e dinheiro determinam possibilidades?
É muito difícil dar ao torcedor o “oba oba” esperado após vitória, tal qual menosprezar conquistas.
Fato é que nada disso até agora importa. Falta 1 mes pro Brasileirão e, portanto, as finais dos estaduais estão aí. Agora sim, quem sabe? Afinal, é justo avaliar um trabalho por uma decisão de mata-mata num clássico?
Talvez também não seja. E haja paciência para os “rumo a Toquio” e “esse ano cai” de toda segunda-feira.
abs,
RicaPerrone