O futebol é uma benção
Ninguém criou nada mais extremista do que o futebol. Num domingo onde o país se divide entre vermelhos e verde amarelos, um pequeno clube de São Paulo elimina, com goleada, o time que quarta-feira bateu o todo poderoso River Plate e se candidatou as oitavas da Libertadores.
Poderia acontecer e não seria um absurdo em virtude do bom trabalho do Audax, do treinador, dirigentes, Nei Teixeira e dos jogadores. Mas poderia ser por 2×1, talvez. Uma brava vitória inacreditável, quem sabe.
Mas um 4×1 com tamanha superioridade técnica e tática, com rascunhos do quinto gol acontecendo até o fim e um São Paulo titular, “motivado”, decidindo vaga em semifinal, não. Não poderia.
Não é de hoje. O São Paulo atua em jogos eliminatórios como um timinho. O mata-mata nos mata de vergonha.
Mas é futebol. E como abri dizendo, nada pode ser mais extremista no planeta. Quarta, heróis. Hoje, vilões. E em 4 dias terão a chance de cravar a continuidade de um dos rótulos.
Não há São Paulo até quinta-feira. Só dois rascunhos prontos para virar arte final.
O time guerreiro que foi buscar a vaga na Libertadores, ou o time frouxo que é goleado por um pequeno numa decisão.
Que vença o “melhor”. Ou, “o mais real deles”.
abs,
RicaPerrone